terça-feira, 3 de setembro de 2013

Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição

Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição

Sabe que não há criaturas deserdadas, nem mais favorecidas umas do
que outras; que Deus a nenhuma criou privilegiada e dispensada do trabalho
imposto às outras para progredirem; que não há seres perpetuamente votados
ao mal e ao sofrimento; que os que se designam pelo nome de demônios são
Espíritos ainda atrasados e imperfeitos, que praticam o mal no espaço, como o
praticavam na Terra, mas que se adiantarão e aperfeiçoarão; que os anjos ou
Espíritos puros não são seres à parte na criação, mas Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso; que, por essa forma,não há criações múltiplas, nem diferentes categorias entre os seres inteligentes,mas que toda a criação deriva da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras.

 Pelas relações que hoje pode estabelecer com aqueles que deixaram a Terra, possui o homem não só a prova material da existência e da individualidade da alma, como também compreende a solidariedade que liga os vivos aos mortos deste mundo e os deste mundo aos dos outros planetas.
Conhece a situação deles no mundo dos Espíritos, acompanha-os em suas
migrações, aprecia-lhes as alegrias e as penas; sabe a razão por que são
felizes ou infelizes e a sorte que lhes está reservada, conforme o bem ou o mal
que fizerem. Essas relações iniciam o homem na vida futura, que ele pode
observar em todas as suas fases, em todas as suas peripécias; o futuro já não é uma vaga esperança: é um fato positivo, uma certeza matemática. Desde então,a morte nada mais tem de aterrador, por lhe ser a libertação, a porta da
verdadeira vida.



32. - Pelo estudo da situação dos Espíritos, o homem sabe que a
felicidade e a desdita, na vida espiritual, são inerentes ao grau de perfeição e de
imperfeição; que cada qual sofre as consequências diretas e naturais de suas
faltas, ou, por outra, que é punido no que pecou; que essas consequências
duram tanto quanto a causa que as produziu; que, por conseguinte, o culpado
sofreria eternamente, se persistisse no mal, mas que o sofrimento cessa com o
arrependimento e a reparação; ora, como depende de cada um o seu
aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou
abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termos.


domingo, 25 de agosto de 2013

Potência Divina na obra dos mundos

Potência Divina na obra dos mundos

 Pode,  pois,  dizer-se  que  o  bem é  tudo  o  que  é conforme à lei de Deus e o mal tudo o que é contrário a essa mesma lei. Para concorrerem, como agentes  da potência  divina,  na obra dos mundos materiais,  os  Espíritos  se  revestem,  temporariamente,  de  um corpo  material.  Pelo trabalho  necessário  à  sua  existência  corporal,  eles  aperfeiçoam  a  inteligência  e adquirem, pela observância da lei de Deus, os méritos que os devem conduzir à felicidade eterna.

A encarnação não foi imposta ao Espírito, no princípio, como punição. Ela é necessária ao seu desenvolvimento e à execução das obras de Deus,  e todos devem
sofrê-la, quer tomem o caminho do bem ou o do mal. Simplesmente os que seguem o do bem avançam mais depressa, gastam menos tempo para chegar ao fim e o alcançam em condições menos penosas.

 Os Espíritos encarnados constituem a Humanidade, que não se circunscreve à Terra, mas que povoa todos os mundos disseminados no espaço.
A  alma  do  homem  é  um  Espírito  encarnado.  Para  secundá-lo  no desempenho de sua tarefa,  Deus lhe deu,  como auxiliares,  os animais que lhe estão
submetidos e cuja inteligência e caráter são compatíveis com as suas necessidades.

 O aperfeiçoamento  do  Espírito  é  fruto  do  seu  próprio  trabalho.  Não podendo, numa só existência corporal, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais
 que o hão de conduzir ao objetivo, ele o alcança por uma sucessão de existências, em cada uma das quais dá alguns passos para frente, no caminho do progresso.

 Em cada  existência  corporal,  o  Espírito  deve  desempenhar  uma tarefa proporcionada ao seu desenvolvimento;  quanto mais rude e laboriosa, tanto maior o
mérito em realizá-la.  Assim,  cada existência é uma prova, que o aproxima do fim. O número dessas existências é indeterminado. Depende da vontade do Espírito que esse número seja reduzido, trabalhando ativamente pelo seu progresso moral, assim como depende da vontade do operário, obrigado a realizar certo trabalho, reduzir o número de dias que empregue em executá-lo.

 Quando  uma  existência  foi  mal-empregada,  fica  sem proveito  para  o Espírito, que tem de recomeçá-la em condições mais ou menos penosas, em razão de
sua negligência e má vontade. É assim que, na vida, podemos ser constrangidos a fazer no dia seguinte o que não fizemos na véspera.
 A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna. A vida corporal é transitória e passageira: não passa de um instante na eternidade.

 No  intervalo  de  suas  existências  corporais,  o  Espírito  é  errante.  A erraticidade não tem duração determinada.  Nesse estado, o Espírito é feliz  ou des­
graça do,  conforme o bom ou mau uso que fez da sua última existência;  estuda as causas que apressaram ou retardaram o seu adiantamento;  toma as resoluções que procurará  pôr  em prática na sua próxima encarnação e escolhe  as  provas  que  lhe pareçam mais apropriadas ao seu adiantamento. Entretanto, algumas vezes se engana, ou sucumbe, não levando em conta as resoluções que tomou como E.
Jorge Soares


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sábado, 10 de agosto de 2013

Almas ou Espíritos

Almas ou Espíritos

Se as almas ou Espíritos podem manifestar-se aos vivos é que isso está na Natureza e, assim, desde todos os tempos eles o puderam fazer. É por isso que em todos os tempos e por toda parte se encontra a prova dessas manifestações, abundantes, sobretudo nas narrações bíblicas. O que é moderno é a explicação lógica dos fatos, o conhecimento mais completo da natureza dos Espíritos, o seu papel e o seu modo de ação, a revelação do nosso estado futuro; enfim, sua constituição em corpo de ciência e de doutrina, com as suas diversas aplicações. Os

Antigos conheciam os princípios, os Modernos conhecem os detalhes. Na Antiguidade, o estudo desses fenômenos era privilégio de certas castas, que só os revelavam aos iniciados em seus mistérios. Na Idade Média, os que com eles se ocupavam ostensiva mente eram tidos por feiticeiros e queimados; mas, hoje, não há mistérios para ninguém e já não se queimam as pessoas. Tudo se passa em plena luz e todos podem esclarecer-se e praticar, uma vez que há médiuns por toda parte.

A própria Doutrina que os Espíritos hoje ensinam nada tem de novo. Encontramo-la fragmentada na maioria dos filósofos da índia, do Egito e da Grécia, e toda inteira nos ensinos do Cristo. Que vem fazer então o Espiritismo? Vem confirmar, mediante novos testemunhos, demonstrar, por fatos, verdades desconhecidas ou mal compreendidas, restabelecer o verdadeiro sentido das que foram mal interpretadas.

Ê verdade que o Espiritismo nada ensina de novo. Mas, não será alguma coisa o provar ele de maneira patente, irrecusável, a existência da alma, sua sobrevivência ao corpo, sua individualidade após a morte, sua imortalidade, as penas e recompensas futuras?

 Quanta gente acredita nessas coisas, mas com um vago sentimento de incerteza, dizendo no seu foro íntimo: "Se, contudo, não fosse assim?" Quantos têm sido levados à incredulidade por lhes haverem apresentado o futuro sob um aspecto que sua razão não podia admitir? De nada valerá ao crente vacilante poder dizer a si mesmo: "Agora tenho certeza?" e o cego afirmar: "Agora vejo a luz?" Pelos fatos e pela sua lógica, o Espiritismo vem dissipar a ansiedade da dúvida e reconduzir à fé os que dela se afastaram. 

Revelando-nos a existência do mundo invisível que nos cerca e em meio do qual vivemos sem o suspeitarmos, ele nos dá a conhecer, pelo exemplo dos que viveram, as condições da nossa felicidade ou da nossa desgraça futuras; explica a causa de nossos sofrimentos na Terra e a maneira de os suavizarmos. Sua propagação terá por efeito inevitável a destruição das doutrinas materialistas, que não podem resistir à evidência. O homem, convencido da grandeza e da importância de sua existência futura, que é eterna, a compara com a incerteza da vida terrena, que é tão curta, e se eleva pelo pensamento acima das mesquinhas considerações humanas.

domingo, 21 de julho de 2013

Espíritos senão as almas dos homens, desde que há homens há Espíritos.

 Espíritos senão as almas dos homens, desde que há homens há Espíritos.

Já vimos que o Espiritismo teve o seu ponto de partida no fenômeno vulgar das
mesas girantes. Como, porém, esses fatos falam mais aos olhos do que à inteligência e
despertam mais a curiosidade do que o sentimento, uma vez satisfeita aquela, o
interesse por eles diminuiu, tanto mais que não eram compreendidos. Outra foi a
reação quando a teoria lhes veio explicar a causa, sobretudo quando perceberam que
das mesas girantes, com as quais durante algum tempo se divertiram, surgia toda uma
doutrina moral que fala à alma, dissipando as angústias da dúvida, satisfazendo a
todas as aspirações deixadas na incerteza por um ensinamento incompleto acerca do
futuro povos, em todas as religiões, na maioria dos escritores da Humanidade, as pessoas sérias acolheram a nova doutrina como umbenefício e, desde então, longe de declinar, ela cresceu com incrível rapidez.

No espaço de três ou quatro anos, congregou, em todos os países do mundo, sobretudo no seio
das classes esclarecidas, inúmeros partidários, que aumentam diariamente numa
proporção extraordinária, de tal sorte que hoje se pode dizer que o Espiritismo
conquistou direito de cidadania. 

Está assentado em bases que desafiam os esforços dos
seus adversários, mais ou menos interessados em combatê-lo; e a prova disso é que os
ataques e críticas não têm retardado a sua marcha um só instante: isto é um fato
atestado pela experiência e para o qual os antagonistas jamais puderam encontrar
explicação.
 Os espíritas dizem simplesmente que, se ele se propaga, a despeito da
crítica, é que o acham bom e preferem o seu raciocínio ao dos seus contraditores.Todavia, o Espiritismo não é uma descoberta moderna. Os fatos e os princípios
sobre os quais ele repousa se perdem na noite dos tempos, pois que deles se encontram
traços nas crenças de todos os

sagrados e profanos; apenas os fatos, incompletamente observados, muitas vezes
foram interpretados de acordo com as ideias supersticiosas da ignorância e ninguém
havia deduzido todas as suas consequências.
Com efeito, o Espiritismo se funda na existência dos Espíritos; mas, não sendo os
Espíritos senão as almas dos homens, desde que há homens há Espíritos.  



quarta-feira, 26 de junho de 2013

Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens

Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens

A visão permanente e geral dos Espíritos é muito rara, mas as aparições
individuais são bastante frequentes, sobretudo no momento da morte; é como se o
Espírito recém-desprendido se apressasse em tornar a ver seus parentes e amigos,
como que para os avisar de que acaba de deixar a Terra e dizer-lhes que continua a
viver. Aquele que recolher suas lembranças verá quantos fatos autênticos deste gênero,
dos quais não se dava conta, ocorrem consigo não só à noite durante o sono, mas em
pleno dia, no mais completo estado de vigília. Outrora esses fatos eram encarados
como sobrenaturais e maravilhosos e eram atribuídos à magia e à feitiçaria; hoje, os
incrédulos os lançam à conta da imaginação. Mas, desde que a ciência espírita lhes deu
a explicação, sabe-se como se produzem e que não escapam da ordem dos fenômenos
naturais.
Ainda há os que acreditam que os Espíritos, pelo simples fato de serem Espíritos,
devem possuir a soberana ciência e a suprema sabedoria. É um erro que a experiência
não tardou em demonstrar. Entre as comunicações dadas pelos Espíritos, algumas são
sublimes pela profundeza, pela eloquência, pela sabedoria, pela moral e que só exalam
bondade e benevolência; mas, ao lado dessas, outras há muito vulgares, levianas,
triviais, mesmo grosseiras, pelas quais o Espírito revela os mais perversos instintos. É,pois, evidente que não podem emanar da mesma fonte e que, se há bons Espíritos,
também há os maus. Não sendo os Espíritos senão as almas dos homens, naturalmente
não podem tornar-se perfeitos tão só porque deixaram seus corpos. Enquanto não
hajam progredido, conservam as imperfeições da vida corporal, razão por que se nos
apresentam em todos os graus de bondade e de maldade, de saber e de ignorância.
Geralmente os Espíritos sentem prazer em se comunicarem conosco. Para eles é
uma satisfação constatarem que não foram esquecidos; descrevem de bom grado suas
impressões ao deixarem a Terra, sua nova situação, a natureza de suas alegrias e
sofrimentos no mundo em que se encontram: uns são muito felizes, outros
desgraçados, alguns sofrem mesmo tormentos horríveis, segundo a maneira como
viveram e o emprego bom ou mau, útil ou inútil que fizeram da vida. Observando-os
em todas as fases de sua nova existência, conforme a posição que ocuparam na Terra, o
gênero de morte, seus caracteres e hábitos como homens, chega-se a um conhecimento,
se não completo, pelo menos muito preciso do mundo invisível, para nos darmos conta
do nosso estado futuro e pressentirmos a sorte feliz ou desgraçada que nos espera.
As instruções dadas pelos Espíritos de ordem elevada sobre todos os assuntos
que interessam à Humanidade, as respostas que deram às questões que lhes foram
propostas, recolhidas e coordenadas cuidadosamente, constituem toda uma ciência,
toda uma doutrina moral e filosófica, sob o nome de Espiritismo. O Espiritismo é, pois, a
doutrina fundada na existência, nas manifestações e nos ensinos dos Espíritos. Essa doutrina
se acha exposta de modo completo em O Livro dos Espíritos, quanto à parte filosófica, e
em O Livro dos Médiuns, quanto à parte prática e experimental. Pela análise que a seguir
faremos dessas obras, pode-se julgar a variedade, a extensão e a importância das
matérias que elas encerram.  

sábado, 25 de maio de 2013

Há no homem três coisas essenciais

Há no homem três coisas essenciais

Geralmente se faz dos Espíritos uma ideia completamente falsa. Eles não são,
como muitos imaginam, seres abstratos, vagos e indefinidos, nem alguma coisa
semelhante a um clarão, a uma centelha. São, ao contrário, seres reais, tendo a sua
individualidade e uma forma determinada. Deles se pode fazer uma ideia
aproximativa pela explicação seguinte:
Há no homem três coisas essenciais:
 lº) a alma ou Espírito, princípio inteligente no
qual residem o pensamento, a vontade e o senso moral;
 2º) o corpo, envoltório material,pesado e grosseiro, que põe o Espírito em relação com o mundo exterior;
 3º) o perispírito, envoltório fluídico, extremamente sutil, servindo de laço e intermediário
entre o Espírito e o corpo. O invólucro exterior está gasto e já não pode funcionar,
tomba e o Espírito se desprende dele, como o fruto e a árvore se despojam de suas
cascas; numa palavra, como deixamos uma velha roupa imprestável. É o que se chama
a morte.
A morte, portanto, não passa da destruição do invólucro grosseiro do Espírito. Só
o corpo morre, o Espírito não. Durante a vida o Espírito se acha, de certo modo,
comprimido pelos laços da matéria a que está unido e que muitas vezes lhe paralisa as
faculdades. A morte do corpo o liberta desses laços. O Espírito se desprende deles e
recobra a liberdade, como a borboleta ao sair da crisálida; mas só deixa o corpo
material, conservando o perispírito, que constitui para ele uma espécie de corpo etéreo,
vaporoso, imponderável para nós e de forma humana, que parece ser a forma padrão.

Em seu estado normal, o perispírito é invisível, mas o Espírito pode fazê-lo sofrercertas modificações que o tornem momentaneamente acessível à vista e mesmo ao tato
do homem, como sucede com o vapor condensado. É assim que algumas vezes se nos
podem mostrar nas aparições. É por meio do perispírito que o Espírito atua sobre a
matéria inerte e produz os diversos fenômenos de ruído, de movimentos, de escrita,

etc.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Um Fundamento Falho

Depois de anos se debatendo com o assunto, muitos agora chegaram á conclusão de que é muito implorável que se encontre uma solução definitiva para a pergunta sobre como a religião começou.
----- Em primeiro lugar, isto se dá porque os ossos e outros vestígios de povos antigos não nos dizem o que essas pessoas pensavam, o que temiam, ou por que adoravam.
----- Qualquer conclusão tiradas á base dessas relíquias são, quanto muito, especulações. --- Ademais, as práticas religiosas dos atuais chamados povos primitivos, tais como os aborígines australianos, não são necessariamente um confiável padrão para avaliar o que as pessoas dos tempos antigos faziam ou pensavam.
---- Ninguém sabe ao certo se ou certo se ou como a cultura deles mudou ao longo dos séculos.

----- Por causa de todas as incertezas, o livro Religiões do Mundo – da Historia Antiga ao Presente conclui que “ os modernos historiadores de religião sabem que é impossível chegar ás origens da religião “ .
------ A respeito dos empenhos de historiadores, porém, o livro fez a seguinte observação: “ No passado, a preocupação de demasiado número de teóricos não era simplesmente descrever ou explicar a religião, mais sim, invalidá-la, achando que, se ficasse demonstrado que as primitivas formas se baseava em ilusões, então, as religiões posteriores e mais desenvolvidas poderiam ser minadas.”
 
---- Nestes último comentário encontra-se a chave quanto a por que vários investigadores “ científicos “ da origem da religião não apareceram com alguma explicação sustentável.

------ Diz-nos a lógica que uma conclusão correta só se pode deduzir de uma premissa.
Caso se inicie com uma premissa falha, é impossível que se chegue a uma conclusão sólida.
----- O repetido fracasso dos investigadores “ científicos “ de chegar a uma explicação razoável lança sérias dúvidas sobre a premissa na qual eles baseiam os seus conceitos.
----- Por seguirem seu conceito preconcebido, em seus empenhos de “ invalidar a religião “, eles têm tentado invalidar a Deus. – A situação é comparável ás muitas maneiras pela quais os astrônomos antes do século 16 tentavam explicar o movimento dos planetas.
----- Havia muitas teorias, mas nenhuma delas era realmente satisfatória. – Por quê ?

Porque se baseavam na suposição de que a terra era o centro do universo, ao redor do qual as estrelas e os planetas giravam. – Não se fez real progresso até que os cientistas e a Igreja Católica – estivessem dispostos a aceitar o fato de que a terra não é o centro do universo, mas sim que gira em volta do sol, o centro do sistema solar.
----- O fracasso das muitas teorias em explicar os fatos levou pessoas de mentalidade aberta, não a tentarem aventar novas teorias, mas sim a reexaminar a premissa de suas investigações.
 – E isto levou ao êxito.
---- Pode-se aplicar o mesmo principio á investigação da origem da religião. – Por causa do aumento do ateísmo e da ampla aceitação da teoria da evolução, muitos pressupõem que Deus não existe. – Baseados nessa suposição, eles acham que a explicação para a existência da religião deve ser encontrada no próprio homem.—em seus processos de raciocínio, suas necessidades, seus temores, suas “ neuroses “.
---- Voltaire declarou: “ se Deus não existisse, seria preciso inventá-lo” – Assim eles argumentaram que o homem inventou a Deus.
---- Visto que as muitas teorias fracassaram em prover uma resposta realmente satisfatória, não é agora tempo de reexaminar a premissa sobre a qual estas investigações se basearam? – Em vez de infrutiferamente insistir no mesmo procedimento, não seria lógico recorrer a outra parte em busca da resposta?
----- Se nos dispusermos a ter uma mentalidade aberta como científico. – E temos um exemplo bem ilustrativo, que nos ajuda a ver por trás deste proceder.



domingo, 19 de maio de 2013

Que são esses Espíritos


 "Não creio;logo, não é verdade. Todos os que creem são loucos; só nós temos o privilégio da razão
e do bom senso". E incalculável o número dos adeptos feitos pela crítica séria ou
galhofeira, porque em toda parte não se encontram senão opiniões pessoais, vazias de
provas contrárias. Mas, prossigamos a nossa exposição.

As comunicações por meio de pancadas eram lentas e incompletas. Reconheceu se que, adaptando um lápis a um objeto móvel: cesta, prancheta, ou outro, sobre o qual se colocassem os dedos, esse objeto se punha em movimento e traçava caracteres.
 Mais tarde reconheceu-se que tais objetos não passavam de acessórios, perfeitamente
dispensáveis. A experiência demonstrou que o Espírito, agindo sobre um corpo inerte
para o dirigir à vontade, podia do mesmo modo atuar sobre o braço ou a mão para
conduzir o lápis. Surgiram, então, os médiuns escreventes, isto é, pessoas que escreviam,
involuntariamente, sob a impulsão dos Espíritos, aos quais serviam assim de
instrumentos e intérpretes.

 Desde então, as comunicações não tiveram mais limites e a
permuta de pensamentos pôde efetuar-se com tanto mais rapidez e desenvolvimento
quanto entre os vivos. Era um vasto campo aberto à exploração, a descoberta de um
mundo novo: o mundo dos invisíveis, assim como o microscópio descobrira o mundo
dos infinitamente pequenos.

Que são esses Espíritos? Que papel representam no Universo? Com que objetivo
se apresentam aos mortais? Tais as primeiras questões que se tratou de resolver. Logo
se ficou sabendo, por eles mesmos, que não são seres à parte na criação, mas as
próprias almas dos que viveram na Terra ou em outros mundos; que essas almas,
depois de se terem despojado de seu invólucro corporal, povoam e percorrem o
espaço.
 Já não se pode duvidar disso, quando muitos reconhecem parentes e amigos
entre essas almas e com elas puderam conversar; quando aqueles que vêm dar a prova
de sua existência, demonstram que apenas seus corpos morreram, mas que sua alma
ou Espírito vive sempre, que estão perto de nós, vendo-nos e observando-nos como
quando vivos, cercando de cuidados aqueles a quem amaram, cuja lembrança é, para
eles, doce satisfação.

sábado, 18 de maio de 2013

. Hoje o medo do diabo perdeu singularmente o seu prestígio;


Para começar, digamos, de passagem, que a realidade do fenômeno encontrou
numerosos contraditores. Uns, sem levarem em conta o desinteresse e a honradez dos
experimentadores, não viram naquilo mais que uma trapaça, um hábil golpe de
mágica. Os que nada admitem fora da matéria, que só acreditam no mundo visível, que
pensam que tudo morre com o corpo, os materialistas, numa palavra os que se                                   qualifi­cam de espíritos fortes, lançaram a existência dos Espíritos invisíveis na categoria das
fábulas absurdas; tacharam de loucos os que tomavam a coisa a sério e os carregaram
de sarcasmos e zombarias.

Outros, não podendo negar os fatos, e sob o império de uma determinada ordem
de ideias, atribuíram os fenômenos à influência exclusiva do diabo, buscando, por esse
meio, amedrontar os tímidos. 
Hoje o medo do diabo perdeu singularmente o seu
prestígio; tanto se falou dele, pintaram-no de tantas maneiras, que todo mundo se
familiarizou com essa ideia e muitos julgaram que deviam aproveitar a ocasião para
verificarem o que o diabo era realmente. Daí resultou que, salvo um reduzido número
de mulheres timoratas, a notícia da chegada do verdadeiro diabo tinha algo de atraente
para os que só o tinham visto em pintura ou no teatro; para muita gente tal notícia foi
um forte estimulante, de sorte que aqueles que tentaram, por esse meio, opor barreira
às ideias novas, trabalharam contra o seu objetivo e, sem o quererem, se tornaram os
seus agentes propagandistas, e tanto mais eficazes quanto mais fortes gritaram.

Os outros críticos não lograram maior sucesso, porquanto, aos fatos constatados,
aos raciocínios categóricos, não puderam opor senão denegações. Lede o que
publicaram e em toda parte encontrareis a prova da ignorância e da falta de observação
séria dos fatos, e em parte alguma uma demonstração peremptória de sua
impossibilidade. Toda a argumentação de que se serviram resume-se nisto:

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Mas, quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas?



Mas, quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas?


Se o Cristo não pôde desenvolver o seu ensino de maneira
completa, é que faltavam aos homens conhecimentos que eles só podiam
adquirir com o tempo e sem os quais não o compreenderiam; há muitas coisas
que teriam parecido absurdas no estado dos conhecimentos de então.
Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver,
não no de ajuntar-lhe verdades novas, porque tudo nele se encontra em estado
de gérmen, faltando-lhe só a chave para se apreender o sentido das palavras.

 Mas, quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas?
Quem tem esse direito? Quem possui as necessárias luzes, senão os teólogos?
Quem o ousa? Primeiro, a Ciência, que a ninguém pede permissão para dar a
conhecer as leis da Natureza e que salta sobre os erros e os preconceitos.

Quem tem esse direito? Neste século de emancipação intelectual e de liberdade de consciência, o direito de exame pertence a todos e as Escrituras não são mais a arca santa na qual ninguém se atreveria a tocar com a ponta do dedo, sem correr o risco de ser fulminado.
 Quanto às luzes especiais, necessárias, sem contestar as dos teólogos, por mais esclarecidos que fossem os da Idade Média, e, em particular, os Pais da Igreja, eles, contudo, não o eram bastante para não condenarem como heresia o movimento da Terra e a crença nos antípodas. Mesmo sem ir tão longe, os teólogos dos nossos dias não lançaram anátema à teoria dos períodos de formação da Terra

domingo, 28 de abril de 2013

Um pouco da historia do Espiritismo a primeira ideia que surgiu.


A primeira ideia que surgiu foi a de que aquilo podia ser um reflexo da inteligência do médium ou dos assistentes, mas bem depressa a experiência demonstrou a sua impossibilidade, porque
se obtinham coisas completamente estranhas ao pensamento e ao conhecimento das
pessoas presentes e mesmo em contradição com suas ideias, sua vontade e seu desejo; a
inteligência, pois, não podia pertencer senão a um ser invisível.

 O meio de se assegurar
do fato era muito simples: tratava-se de entrar em conversação com esse ser, o que foi
feito por meio de certo número convencional de pancadas significando sim ou não, ou
designando as letras do alfabeto. Obtiveram-se deste modo resposta às diversas
questões formuladas e esse fenômeno foi designado sob o nome de mesas falantes.
Todos os seres que se comunicaram dessa maneira, quando interrogados sobre a
sua natureza, declaravam ser Espíritos e pertencer ao mundo invisível. Como os
Hmesmos efeitos se reproduzissem em grande número de localidades, por intermédio de
pessoas diversas, e, além disso, observados por homens muito sérios e muito
esclarecidos, não era possível que todos eles fossem vítimas de uma ilusão.

Da América o fenômeno passa para a França e para o resto da Europa, onde,
durante alguns anos, as mesas girantes e falantes estiveram em moda e se tornaram o
divertimento dos salões; depois, quando se fartaram deles, deixaram-no de lado, em
busca de outra distração.
O fenômeno não demorou a apresentar-se sob um novo aspecto, fazendo-o sair
do domínio da simples curiosidade. Os limites deste compêndio não nos permitem
acompanhá-lo em todas as suas fases, de modo que abordaremos, sem transição, o que
ele oferece de mais característico, o que principalmente prendeu a atenção das pessoas
sérias.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O fenômeno não demorou a apresentar-se


O fenômeno não demorou a apresentar-se sob um novo aspecto, fazendo-o sair
do domínio da simples curiosidade. Os limites deste compêndio não nos permitem
acompanhá-lo em todas as suas fases, de modo que abordaremos, sem transição, o que
ele oferece de mais característico, o que principalmente prendeu a atenção das pessoas
sérias.
Para começar, digamos, de passagem, que a realidade do fenômeno encontrou
numerosos contraditores. Uns, sem levarem em conta o desinteresse e a honradez dos
experimentadores, não viram naquilo mais que uma trapaça, um hábil golpe de
mágica. Os que nada admitem fora da matéria, que só acreditam no mundo visível, que
pensam que tudo morre com o corpo, os materialistas, numa palavra os que se qualifi­
cam de espíritos fortes, lançaram a existência dos Espíritos invisíveis na categoria das
fábulas absurdas; tacharam de loucos os que tomavam a coisa a sério e os carregaram
de sarcasmos e zombarias.

Outros, não podendo negar os fatos, e sob o império de uma determinada ordem
de ideias, atribuíram os fenômenos à influência exclusiva do diabo, buscando, por esse
meio, amedrontar os tímidos. Hoje o medo do diabo perdeu singularmente o seu
prestígio; tanto se falou dele, pintaram-no de tantas maneiras, que todo mundo se
familiarizou com essa ideia e muitos julgaram que deviam aproveitar a ocasião para
verificarem o que o diabo era realmente.
 Daí resultou que, salvo um reduzido número
de mulheres timoratas, a notícia da chegada do verdadeiro diabo tinha algo de atraente
para os que só o tinham visto em pintura ou no teatro; para muita gente tal notícia foi
um forte estimulante, de sorte que aqueles que tentaram, por esse meio, opor barreira
às ideias novas, trabalharam contra o seu objetivo e, sem o quererem, se tornaram os
seus agentes propagandistas, e tanto mais eficazes quanto mais fortes gritaram.
Os outros críticos não lograram maior sucesso, porquanto, aos fatos constatados,
aos raciocínios categóricos, não puderam opor senão denegações Lede o que
publicaram e em toda parte encontrareis a prova da ignorância e da falta de observação
séria dos fatos, e em parte alguma uma demonstração peremptória de sua
impossibilidade. Toda a argumentação de que se serviram resume-se nisto: "Não creio;

sábado, 20 de abril de 2013

O dom da Palavra


Dentre os dons que a natureza concedeu ao homem,  o de falar, é uma verdadeira dádiva dos céus!   Quando o ser humano perceber o real valor da palavra, há de ter mais cuidado com o que diz.   “A mente concebe, assimila e projeta; a palavra exalta, comanda e executa.”                      As palavras amáveis, de amor, carinho, bondade, ternura,contentamento,expandem e estimulam as células do nosso corpo; e a vitalidade cósmica jorra em nós com pujança e liberdade; trazendo nos saúde, vigor, energia; cercando nossa vida de sucesso, alegria e coisas agradáveis.
No entanto, as palavras ásperas, de critica, ódio, calúnia, maldade, conversações obscenas, contraem as células e glândulas sensíveis; restringem e prejudicam as funções normais do organismo; afetam o desenvolvimento espiritual, criando um destino de enfermidades, fracassos, frustrações e coisas desagradáveis....
Não foi sem razão que os profetas e os mestres deixaram advertências  como estas:                                        “Seja, porem, a tua palavra: sim, sim, não, não.”

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cristo acrescenta: «Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis


e muitas outras teria a dizer, que não
compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém,
enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as
coisas e vo-las explicará todas.» (S. João, caps. XIV, XVI; S. Mat., cap. XVII.)
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente
deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. 
Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino; em suma, que desfariam o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito.

 Por que chama ele Consolador ao novo messias?
 Este nome, significativo e sem ambiguidade, encerra toda uma revelação. Assim, ele previa
que os homens teriam necessidade de consolações, o que implica
a insuficiência daquelas que eles achariam na crença que iam fundar.

Talvez nunca o Cristo fosse tão claro, tão explícito, como nestas últimas palavras, às quais poucas pessoas deram atenção bastante, provavelmente porque evitaram esclarecê-las e aprofundar-lhes o sentido profético.

domingo, 14 de abril de 2013

Perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados


Já não é o Deus de um único povo privilegiado, O Deus dos exércitos, presidindo aos combates para sustentar a sua própria causa contra o Deus dos outros povos; mas, o Pai comum do gênero humano, que estende a sua proteção por sobre todos os seus filhos e os chama todos a si; já não é o Deus que recompensa e pune só pelos bens da Terra, que faz consistir a glória e a felicidade na escravidão dos povos rivais e na multiplicidade da progenitura, mas, sim, um Deus que diz aos homens: «A vossa verdadeira pátria não é neste mundo, mas no reino celestial, lá onde os humildes de coração serão elevados e os orgulhosos serão humilhados.» Já não é o Deus que faz da vingança uma virtude e ordena se retribua olho por olho, dente por dente; mas, o Deus de misericórdia, que diz:

«Perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem em troca do mal;
não façais o que não quereis vos façam.» Já não é o Deus mesquinho e
meticuloso, que impõe, sob as mais rigorosas penas, o modo como quer ser
adorado, que se ofende pela inobservância de uma fórmula; mas, o Deus
grande, que vê o pensamento e que se não honra com a forma. Enfim, já não é
o Deus que quer ser temido, mas o Deus que quer ser amado.

Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de
todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme à ideia que elas das
de Deus. As religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrálo com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no mais ou menos contaminado das fraquezas e ninharias humanas.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A revelação dos verdadeiros atributos da Divindade


 Toda a doutrina do Cristo se funda no caráter que ele atribui à
Divindade. Com um Deus imparcial, soberanamente justo, bom e
misericordioso, ele fez do amor de Deus e da caridade para com o próximo a
condição indeclinável da salvação, dizendo: Amai a Deus sobre todas as coisas
e o vosso próximo como a vós mesmos; nisto estão toda a lei e os profetas; não existe outra lei.
 Sobre esta crença, assentou o princípio da igualdade dos homem perante Deus e o da fraternidade universal. Mas, fora possível amar o Deus de Moisés? Não; só se podia temê-lo.

A revelação dos verdadeiros atributos da Divindade, de par com a da
imortalidade da alma e da vida futura, modificava profundamente as relações
mútuas dos homens, impunha-lhes novas obrigações, fazia-os encarar a vida
presente sob outro aspecto e tinha, por isso mesmo, de reagir contra os
costumes e as relações sociais. 
 É esse incontestavelmente, por suas
consequências, o ponto capital da revelação do Cristo, cuja importância não foi
compreendida suficientemente e, contrista dizê-lo, é também o ponto de que
mais a Humanidade se tem afastado, que mais há desconhecido na
interpretação dos seus ensinos.


domingo, 7 de abril de 2013

ALLAN KARDEC Revelação do Cristo


 O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando
o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana,
acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte. (Vede:
Revue Spirite, 1861, páginas 90 e 280.)

 A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte
primária, de pedra angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista
inteiramente novo sob que considera ele a Divindade. Esta já não é o Deus
terrível, ciumento, vingativo, de Moisés; o Deus cruel e implacável, que rega a
terra com o sangue humano, que ordena o massacre e o extermínio dos povos,
sem excetuar as mulheres, as crianças e os velhos, e que castiga aqueles que
poupam as vítimas; já não é o Deus injusto, que pune um povo inteiro pela falta
do seu chefe, que se vinga do culpado na pessoa do inocente, que fere os filhos pelas faltas dos pais; mas, um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível


- Importante revelação se opera na época atual e mostra a
possibilidade de nos comunicarmos com os seres do mundo espiritual. Não é
novo, sem dúvida, esse conhecimento; mas ficara até aos nossos dias, de certo
modo, como letra morta, isto é, sem proveito para a Humanidade A ignorância
das leis que regem essas relações o abafara sob a superstição; o homem era
incapaz de tirar daí qualquer dedução salutar; estava reservado à nossa época
desembaraçá-lo dos acessórios ridículos, compreender-lhe o alcance e fazer
surgir a luz destinada a clarear o caminho do futuro.

O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos
cerca e no meio do qual vivíamos sem o suspeitarmos, assim como as leis que
o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres
que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte, é uma
verdadeira revelação, na acepção científica da palavra.

Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa
ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Participa da
primeira, porque foi providencial o seu aparecimento e não o resultado da
iniciativa, nem de um desígnio premeditado do homem; porque os pontos
fundamentais da doutrina provêm do ensino que deram os Espíritos
encarregados por Deus de esclarecer os homens acerca de coisas que eles
ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e que lhes importa
conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las.
 Participa da segunda, por

não ser esse ensino privilégio de indivíduo algum, mas ministrado a todos do
mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem seres
passivos, dispensados do trabalho da observação e da pesquisa, por não
renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o
exame, mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos.





quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tibetano dos mortos Recordar


Agora vais experimentar três Bardos.
Três estados de perda do eu.
Primeiro aparece a clara luz da realidade.
Vêm em fogo os jogos de alucinações fantasticamente variados.
Mais adiante encontrarás o estado de reentrada.
De voltar a ter um eu.
Oh, amigo.
Pode ser que tua experiência seja de transcendência do eu, a saída
de teu antigo eu.
Mas tu não és o único.
A todos chega alguma vez.
És afortunado ao ter gratuitamente esta experiência de
renascimento que se te oferece.
Não te apegues com essa debilidade a teu velho Eu.
Inclusive se te apegas a tua mente, já perdeste o poder de
a manter.
Pela luta não poderás conseguir nada neste mundo alucinatório.
Não te apegues.
Não sejas débil.
Qualquer que seja o medo ou terror que te embargue
Não olvides estas palavras.
Introduz o seu significado no teu coração.
Segue em frente.
Aqui mesmo está o segredo vital do conhecimento.

Recorda, oh amigo:
Quando o corpo e a mente se separam, experimentas uma rápida
visão da verdade pura, subtil, radiante, brilhante.
Vibrante, gloriosa.
Não temas.
Esta é a radiação de tua verdadeira natureza.
Reconhece-o.
Da névoa desta radiação vem o som natural da
realidade.
Reverberando como mil tronos em simultâneo.
Este é o som natural do processo de tua vida.
Portanto não te assustes.
Não te aterrorizes.
Não tenhas medo.
Para ti é suficiente saber que estas aparições são
as formas de teu próprio pensamento.
Se não reconheces tuas próprias formas de pensamento.
Se olvidas tua preparação.
As luzes te deslumbrarão.
Os sons te atemorizarão.
Os raios te aterrorizarão
As pessoas ao teu redor te confundirão
Recorda a chave dos ensinamentos
Oh, amigo.
Estes reinos não vêm de algum lugar exterior a teu ego.
Vêm de teu interior e brilham sobre ti.
Tampouco as revelações vêm de nenhum outro lugar.
Existem desde a eternidade dentro das faculdades de teu próprio
intelecto.
Reconhece que são desta natureza.
A chave da iluminação e da serenidade durante
o período de dez mil visões é simplesmente esse:
Descanso, relaxamento.
Une-te a ele.
Aceita encarecidamente as maravilhas de tua criatividade.
Não te apegues nem estejas assustado.
Nem atraído nem repelido.
Sobre tudo, não faças nada sobre as visões.
Existem somente dentro de ti.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Evoluindo




 1 - Quantas e quantas vidas
Ainda terei que viver
Quantas formas diferentes de corpos
Eu ainda habitarei
 Nesta minha longa caminhada
Para o convívio com o pai

Sou uma eterna força
A procura do caminho de casa
Perdido em um mundo
Um mundo de corpos
Corpos que se deformam 
Com o passar do tempo
Escravizados por mentes
Que me ferem em pensamentos

Com o tempo sofro todas as formas de agressão
Não envelheço, não enfraqueço
Mais meu corpo se acaba dia a dia
Ontem eu nasci
Meu corpo pequeno
Minha cabeça vazia
Mais com o passar do tempo
Em uma constante mutação
Vou sofrendo dia a dia
Pequenas transformações

segue 

quinta-feira, 28 de março de 2013

Toda revelação eivada de erros


Pode, pois, haver revelações sérias e verdadeiras como as há apócrifas e
mentirosas. O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus.
É assim que a lei do Decálogo tem todos os caracteres de sua origem, enquanto que as outras leis mosaicas, fundamentalmente transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai, são obra pessoal e política do legislador hebreu.

Com o abrandarem-se os costumes do povo, essas leis por si mesmas caíram
em desuso, ao passo que o Decálogo ficou sempre de pé, como farol da
Humanidade.
 O Cristo fez dele a base do seu edifício, abolindo as outras leis.
Se estas fossem obra de Deus, seriam conservadas intactas. O Cristo e Moisés
foram os dois grandes reveladores que mudaram a face ao mundo e nisso está
a prova da sua missão divina. Uma obra puramente humana careceria de tal
poder.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.


As comunicações deste gênero nada têm de estranho para quem
conhece os fenômenos espíritas e a maneira pela qual se estabelecem as
relações entre os encarnados e os desencarnados.

 As instruções podem ser transmitidas por diversos meios: pela simples inspiração, pela audição da palavra, pela visibilidade dos Espíritos instrutores, nas visões e aparições, quer em sonho, quer em estado de vigília, do que há muitos exemplos na Bíblia, no Evangelho e nos livros sagrados de todos os povos.
É, pois, rigorosamente exato dizer-se que quase todos os reveladores
são médiuns inspirados, audi entes ou videntes. Daí, entretanto, não se deve
concluir que todos os médiuns sejam reveladores, nem, ainda menos,
intermediários diretos da divindade ou dos seus mensageiros.

 Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de
transmiti-la; mas, sabe-se hoje que nem todos os Espíritos são perfeitos e que
existem muitos que se apresentem sob falsas aparências, o que levou S. João a dizer: «Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.

terça-feira, 26 de março de 2013

Deus e a imortalidade da alma


Apesar dos erros das suas doutrinas, não deixaram de agitar os espíritos
e, por isso mesmo, de semear os germens do progresso, que mais tarde haviam
de desenvolver-se, ou se desenvolverão à luz brilhante do Cristianismo

É, pois, injusto se lhes lance anátema em nome da ortodoxia, porque dia
virá em que todas essas crenças tão diversas na forma, mas que repousam
realmente sobre um mesmo princípio fundamental - Deus e a imortalidade da
alma, se fundirão numa grande e vasta unidade, logo que a razão triunfe dos
preconceitos.
Infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação; o
papel de profeta há tentado as ambições secundárias e tem-se visto surgir uma
multidão de pretensos reveladores ou messias, que, valendo-se do prestigio
deste nome, exploram a credulidade em proveito do seu orgulho, da sua
ganância, ou da sua indolência, achando mais cômodo viver à custa dos
iludidos. A religião cristã não pôde evitar esses parasitas.

A tal propósito, chamamos particularmente a atenção para o capítulo XXI
de O Evangelho segundo o Espiritismo; "Levantar-se-ão falsos Cristos e
falsos profetas".
Haverá revelações diretas de Deus aos homens? É uma questão que
não ousaríamos resolver, nem afirmativamente, nem negativamente, de maneira
absoluta. O fato não é radicalmente impossível, porém, nada nos dá dele prova
certa.
 O que não padece dúvida é que os Espíritos mais próximos de Deus pela
perfeição se imbuem do seu pensamento e podem transmiti-lo.

Quanto aos reveladores encarnados, segundo a ordem hierárquica a que pertencem e o grau a que chegaram de saber, esses podem tirar dos seus próprios conhecimentos as instruções que ministram, ou recebê-las de Espíritos mais elevados, mesmo dos mensageiros diretos de Deus, os quais, falando em nome de Deus, têm sido às vezes tomados pelo próprio Deus.