quinta-feira, 28 de março de 2013

Toda revelação eivada de erros


Pode, pois, haver revelações sérias e verdadeiras como as há apócrifas e
mentirosas. O caráter essencial da revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou sujeita a modificação não pode emanar de Deus.
É assim que a lei do Decálogo tem todos os caracteres de sua origem, enquanto que as outras leis mosaicas, fundamentalmente transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai, são obra pessoal e política do legislador hebreu.

Com o abrandarem-se os costumes do povo, essas leis por si mesmas caíram
em desuso, ao passo que o Decálogo ficou sempre de pé, como farol da
Humanidade.
 O Cristo fez dele a base do seu edifício, abolindo as outras leis.
Se estas fossem obra de Deus, seriam conservadas intactas. O Cristo e Moisés
foram os dois grandes reveladores que mudaram a face ao mundo e nisso está
a prova da sua missão divina. Uma obra puramente humana careceria de tal
poder.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.


As comunicações deste gênero nada têm de estranho para quem
conhece os fenômenos espíritas e a maneira pela qual se estabelecem as
relações entre os encarnados e os desencarnados.

 As instruções podem ser transmitidas por diversos meios: pela simples inspiração, pela audição da palavra, pela visibilidade dos Espíritos instrutores, nas visões e aparições, quer em sonho, quer em estado de vigília, do que há muitos exemplos na Bíblia, no Evangelho e nos livros sagrados de todos os povos.
É, pois, rigorosamente exato dizer-se que quase todos os reveladores
são médiuns inspirados, audi entes ou videntes. Daí, entretanto, não se deve
concluir que todos os médiuns sejam reveladores, nem, ainda menos,
intermediários diretos da divindade ou dos seus mensageiros.

 Só os Espíritos puros recebem a palavra de Deus com a missão de
transmiti-la; mas, sabe-se hoje que nem todos os Espíritos são perfeitos e que
existem muitos que se apresentem sob falsas aparências, o que levou S. João a dizer: «Não acrediteis em todos os Espíritos; vede antes se os Espíritos são de Deus.

terça-feira, 26 de março de 2013

Deus e a imortalidade da alma


Apesar dos erros das suas doutrinas, não deixaram de agitar os espíritos
e, por isso mesmo, de semear os germens do progresso, que mais tarde haviam
de desenvolver-se, ou se desenvolverão à luz brilhante do Cristianismo

É, pois, injusto se lhes lance anátema em nome da ortodoxia, porque dia
virá em que todas essas crenças tão diversas na forma, mas que repousam
realmente sobre um mesmo princípio fundamental - Deus e a imortalidade da
alma, se fundirão numa grande e vasta unidade, logo que a razão triunfe dos
preconceitos.
Infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação; o
papel de profeta há tentado as ambições secundárias e tem-se visto surgir uma
multidão de pretensos reveladores ou messias, que, valendo-se do prestigio
deste nome, exploram a credulidade em proveito do seu orgulho, da sua
ganância, ou da sua indolência, achando mais cômodo viver à custa dos
iludidos. A religião cristã não pôde evitar esses parasitas.

A tal propósito, chamamos particularmente a atenção para o capítulo XXI
de O Evangelho segundo o Espiritismo; "Levantar-se-ão falsos Cristos e
falsos profetas".
Haverá revelações diretas de Deus aos homens? É uma questão que
não ousaríamos resolver, nem afirmativamente, nem negativamente, de maneira
absoluta. O fato não é radicalmente impossível, porém, nada nos dá dele prova
certa.
 O que não padece dúvida é que os Espíritos mais próximos de Deus pela
perfeição se imbuem do seu pensamento e podem transmiti-lo.

Quanto aos reveladores encarnados, segundo a ordem hierárquica a que pertencem e o grau a que chegaram de saber, esses podem tirar dos seus próprios conhecimentos as instruções que ministram, ou recebê-las de Espíritos mais elevados, mesmo dos mensageiros diretos de Deus, os quais, falando em nome de Deus, têm sido às vezes tomados pelo próprio Deus.


segunda-feira, 25 de março de 2013

No sentido especial da fé religiosa



Desde que se admite a solicitude de Deus para com as suas
criaturas, por que não se há de admitir que Espíritos capazes, por sua energia e
superioridade de conhecimento, de fazerem que a Humanidade avance,
encarnem pela vontade de Deus, com o fim de ativarem o progresso em
determinado sentido? Por que não admitir que eles recebam missões, como um embaixador as recebe do seu soberano? Tal o papel dos grandes gênios.
Que vêm eles fazer, senão ensinar aos homens verdades que estes ignoram e ainda ignorariam durante largos períodos, a fim de lhes dar um ponto de apoio
mediante o qual possam elevar-se mais rapidamente?

Esses gênios, que aparecem através dos séculos como estrelas brilhantes, deixando longo traço
luminoso sobre a Humanidade, são missionários ou, se o quiserem, messias. O
que de novo ensinam aos homens, quer na ordem física, quer na ordem
filosófica, são revelações.
Se Deus suscita reveladores para as verdades
científicas, pode, com mais forte razão, suscitá-los para as verdades morais,
que constituem elementos essenciais do progresso. Tais são os filósofos cujas
ideias atravessam os séculos.

 No sentido especial da fé religiosa, a revelação se diz mais
particularmente das coisas espirituais que o homem não pode descobrir por
meio da inteligência, nem com o auxílio dos sentidos e cujo conhecimento lhe
dão Deus ou seus mensageiros, quer por meio da palavra direta, quer pela
inspiração.
Neste caso, a revelação é sempre feita a homens predispostos,
designados sob o nome de profetas ou messias, isto é, enviados ou
missionários, incumbidos de transmiti-la aos homens. Considerada debaixo
deste ponto de vista, a revelação implica a passividade absoluta e é aceita sem
verificação, sem exame, nem discussão.

domingo, 24 de março de 2013

Reencarnação


A creditar em reencarnação e algo que não faz parte da crença da maioria das pessoas, só mesmos os que se simpatizam com a doutrina espírita conseguem  acreditar que a nossa vida não se reduz a somente uma existência corpórea.
Como e possível dentro de um espaço de tempo tão curto de nossas vidas, onde cometemos muito mais erros que acertos, termos a nossa evolução, nos livrarmos de todas as nossas imperfeições nossas  impurezas, nos tornarmos  puros de alma e fortes em espírito em uma única existência.

Não estou falando do corpo, pois o corpo não passa de uma vestimenta do espírito da alma assim como nosso corpo precisa ser coberto por vestis , assim e o corpo uma simples vestia de nossa alma, a casa morada de nosso espírito.
E impossível; se cada um olhasse e analisassem veriam que  seria preciso passar por muitas existências pra se alcançar a tão necessária  evolução espiritual, seria preciso vivermos muitas historias de vida, errando e aprendendo, pois o erro e sempre uma oportunidade que temos para aprender como nos proceder quando tiver mos de novo frente a frente com o mesmo problema.

A maioria de nos acredita que o sacrifício de Jesus, tudo por que ele passou garante nossa salvação, que todos os pecados cometidos por nos estarão perdoados pelo simples fatos de pedimos perdão por eles.   
               Simples e fácil, aprontamos nesta nossa existência, fazemos de tudo, roubamos, matamos, estripamos, espalhamos o terror, somos presos e condenados pela justiça dos homens , somos jogados dentro de um presídio e la  somos torturados  e atormentados por criaturas tão ou mais perversas que nos, sofremos como castigo dezenas de anos de reclusão, não temos nossa liberdade, somos dominados e torturados por companheiros do mesmo castigo, sentimos o vazio de estarmos vazio, onde pra cada lado que olharmos só enxergamos a força do mal nos castigando, a solidão que tortura nossos momentos nos leva ao pensamento onde uma mente pensante pode libertar nosso espírito de seu cativeiro e quando a alma sé retrai e o espírito que e a nossa semelhança a Deus demonstra sua grandeza e muda o comportamento diante de todos os nossos atos, nos tornamos crentes em Deus, adquirimos a Fe, e tendo em nos a força poderosa da Fe nos arrependemos de tudo, passamos a deitar e acordar com palavras da bíblia na mente e a própria  nas mãos  e acreditamos que estaremos salvos.

Qual e o ensinamento se de fato for assim, fazemos, cometemos as maiores atrocidades contra Deus com nossas atitudes e contra nossos semelhantes com nossos atos em quanto estamos livres  e nem por um segundo se quer pensamos em Deus, Em Cristo, estamos livres e dentro dessa nossa liberdade não temos tempo pra bondade, pra ser mos bom, nosso tempo e pra matar, roubar e todas as outras formas de maldades, pois somos e gostamos de ser mau, sentimos prazer em praticar todas as formas de atitudes negativas, em fim somos criaturas do mal.

Qual e o ensinamento, dentro deste quadro de acontecimentos, onde se tem justiça dentro de um quadro de ensinamentos que mostra claramente que o arrependimento só aconteci quando já não se tem mais a liberdade, quando começamos a sofrer do nosso próprio  veneno, onde e quando nos arrependemos de tudo e voltamos nosso pensamento pra Deus, Pra Jesus, pedimos o perdão  de todos os nossos atos que foram cometidos contra o próprio Deus e Cristo, nos sentimos orgulhosos e acreditamos que de fato estamos libertos de todas as nossas falhas.
A onde se encontra a justiça nisto.
Partindo do principio que Deus e Justo, e por nos mesmo que não somos cegos e nem ignorantes, sabemos perfeitamente que todo o arrependimento só aconteceu através das punições impostas pela justiça dos homens , pela perca da liberdade que impediu a continuação das atrocidades , todas as mudanças de comportamento foram  após a perca da liberdade, nada seria deferente se cada um desses que se consideram salvos libertos não estivessem presos e condenados, o arrependimento só surgiu após as mudanças a perca da liberdade, se todos estes arrependidos estivessem livres estariam cometendo as mesmas atrocidades, matando,roubando e tudo mais.

Ai eu pergunto, seria justo, teria justiça por parte de Deus  se todas estas e outras criaturas que  somos todos que pecam diariamente  e num simples ato de arrependimento estamos salvos, pois Jesus morreu na cruz pra nos salvar.                                                                                                                                  A onde se encontra justiça nisto, qual e o premio que receberão todos a que lês que viveram suas vidas a serviço do bem , praticando o bem sendo caridosos e procurando sempre serem justos nos teus atos, qual seria.
Não encontro nenhuma forma de justiça se de fato for desta maneira que muitos acreditam, enchem se de orgulho ao dizer eu sou um salvo Jesus me Salvou e sou um crente em Cristo, Crente em Deus.
Não acredito que todos os nossos erros sejam perdoados por um falso arrependimento, pois todos os arrependidos só se arrependeram depois de passarem por uma forma qualquer de sofrimento, somente o sofrimento nos leva ao pensamentos e com eles ao arrependimento, não vejo justiça  dentro deste quadro de acontecimentos, portanto minha visão sobre estarmos  salvos e outra, pois Deus eu afirmo, e justo e na sua infinita justiça jamais iria premiar o pecado o pecador após qualquer arrependimento.

Vejo o ato de Jesus da seguinte maneira; todo o sofrimento por que passou, pegando pra si todos os nossos pecados foi pra nos proporcionar todas as oportunidades necessárias pra que por méritos próprios   conseguissemos alcançar a nossa evolução espiritual e de que maneira seria possível esta difícil missão.                                                                                       Não seria vivendo uma, somente uma existência, seria preciso muitas estórias de vida pra se alcançar a devida evolução espiritual.
Mais o que seria uma evolução espiritual; e quando o espírito se torna forte e soberano sobre todas as atitudes de sua eterna companheira a alma, e ela a alma que conduz a criatura em sua existência dentro do corpo, e ela que controla e ela quem induz e seduz e só perde sua força dominadora quando o espírito consegue se sobrepor sobre seus desejos e vontades.  

A reencarnação  e no meu ver a única forma de todos nos alcançarmos nosso objetivo de vida que não e simplesmente gozar de todas as formas de prazeres que o mundo material pode nos proporcionar, mais sim corrigirmos todas as nossas imperfeições, evoluirmos espiritualmente e alcançarmos o beneficio que Jesus nos concedeu ao passar por todo o sofrimento por que passou com a promessa de nos conceder a salvação pelo arrependimentos de todos os nossos pecados.

Jesus em momento algum afirmou que nossos pecados seriam esquecidos após a morte de nosso corpo, ele simplesmente assumiu pra si  dando o seu sangue e todo seu sofrimento a toda a carga negativa de nossos atos, firmou um pacto dando a cada um de nos o tempo necessário que cada um de nos precisasse pra alcançar a evolução necessária pra  atingirmos o beneficio que prometeu a todos nos.

Uma, somente uma existência não seria o bastante pra corrigirmos tantas imperfeições, tendo uma alma tão forte diante de seu espírito, seria preciso muitas outras vidas, viver tantas outras historias tendo como personagem os mesmos espíritos as mesmas almas, almas estas que desencadearam  tantas ações negativas umas contras as outras e pra se alcançar os benefícios concedidos pelos sofrimentos por que Jesus passou e preciso que todas as dividas sejam pagas as de homens contra homens ou criaturas contra criaturas nesta e em todas as outras existências.  outras existências.

Aqui dou um tempo pra todos que lerem refletirem e volto futuramente a continuar com este tema, este meu ponto de vista sobre nossa salvação por Cristo Jesus.
Jorge Soares
  

sábado, 23 de março de 2013

Os homens progridem incontestavelmente por si mesmos


Mas, quem são esses homens de gênio? E, por que são homens de
gênio? Donde vieram? Que é feito deles? Notemos que na sua maioria
denotam, ao nascer, faculdades transcendentes e alguns conhecimentos inatos, que com pouco trabalho desenvolvem.

Pertencem realmente à Humanidade, pois nascem, vivem e morrem como nós. Onde, porém, adquiriram esses conhecimentos que não puderam aprender durante a vida?
 Dir-se-á, com os materialistas, que o acaso lhes deu a matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade? Neste caso, não teriam mais mérito que um legume maior e mais saboroso do que outro.

Dir-se-á, como certos espiritualistas, que Deus lhes deu uma alma mais
favorecida que a do comum dos homens? Suposição igualmente ilógica, pois
que tacharia Deus de parcial. A única solução racional do problema está na
preexistência da alma e na pluralidade das vidas.

 O homem de gênio é um Espírito que tem vivido mais tempo; que, por conseguinte, adquiriu e progrediu
mais do que aqueles que estão menos adiantados. Encarnando, traz o que sabe e, como sabe muito mais do que os outros e não precisa aprender, é chamado
homem de gênio. Mas seu saber é fruto de um trabalho anterior e não resultado de um privilégio. Antes de renascer, era ele, pois, Espírito adiantado: reencarna para fazer que os outros aproveitem do que já sabe, ou para adquirir mais do que possui.

Os homens progridem incontestavelmente por si mesmos e pelos
esforços da sua inteligência; mas, entregues às próprias forças, só muito
lentamente progrediriam, se não fossem auxiliados por outros mais adiantados,
como o estudante o é pelos professores. Todos os povos tiveram homens de
gênio, surgidos em diversas épocas, para dar-lhes impulso e tirá-los da inércia.



sexta-feira, 22 de março de 2013

A pluralidade das existências, cujo princípio o Cristo


Pelo estudo da situação dos Espíritos, o homem sabe que a
felicidade e a desdita, na vida espiritual, são inerentes ao grau de perfeição e de imperfeição; que cada qual sofre as consequências diretas e naturais de suas faltas, ou, por outra, que é punido no que pecou; que essas consequências duram tanto quanto a causa que as produziu; que, por conseguinte, o culpado sofreria eternamente, se persistisse no mal, mas que o sofrimento cessa com o arrependimento e a reparação; ora, como depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.

 - Se a razão repele, como incompatível com a bondade de Deus, a
ideia das penas irremissíveis, perpétuas e absolutas, muitas vezes infligidas por uma única falta; a dos suplícios do inferno, que não podem ser minorados nem sequer pelo arrependimento mais ardente e mais sincero, a mesma razão se inclina diante dessa justiça distributiva e imparcial, que leva tudo em conta, que nunca fecha a porta ao arrependimento e estende constantemente a mão ao náufrago, em vez de o empurrar para o abismo.

 A pluralidade das existências, cujo princípio o Cristo estabeleceu no
Evangelho, sem todavia defini-lo como a muitos outros, é uma das mais
importantes leis reveladas pelo Espiritismo, pois que lhe demonstra a realidade
e a necessidade para o progresso.

 Com esta lei, o homem explica todas as
aparentes anomalias da vida humana; as diferenças de posição social; as
mortes prematuras que, sem a reencarnação, tornariam inúteis à alma as
existências breves; a desigualdade de aptidões intelectuais e morais, pela
ancianidade do Espírito que mais ou menos aprendeu e progrediu, e traz,
nascendo, o que adquiriu em suas existências anteriores (nº 5).

 Com a doutrina da criação da alma no instante do nascimento, vem se
a cair no sistema das cria gênio ensina o que descobriu por si mesmo: é o revelador primitivo; traz a luz que pouco a pouco se vulgariza. que seria da Humanidade sem a revelação dos homens de gênio, que aparecem de tempos a tempos?

quinta-feira, 21 de março de 2013

A libertação, a porta da verdadeira vida.


Em virtude do seu livre-arbítrio; que todas são da
mesma essência  e que não há entre elas diferença, senão quanto ao progresso realizado; que
todas têm o mesmo destino e alcançarão a mesma meta, mais ou menos
rapidamente, pelo trabalho e boa-vontade.

Sabe que não há criaturas deserdadas, nem mais favorecidas umas do
que outras; que Deus a nenhuma criou privilegiada e dispensada do trabalho
imposto às outras para progredirem; que não há seres perpetuamente votados
ao mal e ao sofrimento; que os que se designam pelo nome de demônios são
Espíritos ainda atrasados e imperfeitos, que praticam o mal no espaço, como o
praticavam na Terra, mas que se adiantarão e aperfeiçoarão; que os anjos ou
Espíritos puros não são seres à parte na criação, mas Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a estrada do progresso; que, por essa forma,não há criações múltiplas, nem diferentes categorias entre os seres inteligentes,mas que toda a criação deriva da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras.

Pelas relações que hoje pode estabelecer com aqueles que
deixaram a Terra, possui o homem não só a prova material da existência e da
individualidade da alma, como também compreende a solidariedade que liga os
vivos aos mortos deste mundo e os deste mundo aos dos outros planetas.
Conhece a situação deles no mundo dos Espíritos, acompanha-os em suas
migrações, aprecia-lhes as alegrias e as penas; sabe a razão por que são
felizes ou infelizes e a sorte que lhes está reservada, conforme o bem ou o mal
que fizerem. Essas relações iniciam o homem na vida futura, que ele pode
observar em todas as suas fases, em todas as suas peripécias; o futuro já não é uma vaga esperança: é um fato positivo, uma certeza matemática.
 Desde então,a morte nada mais tem de aterrador, por lhe ser a libertação, a porta da verdadeira vida.  




quarta-feira, 20 de março de 2013

O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo



Os homens só puderam explicar as Escrituras com o auxílio do que
sabiam, das noções falsas ou incompletas que tinham sobre as leis da
Natureza, mais tarde reveladas pela Ciência.
Eis por que os próprios teólogos, de muito boa-fé, se
enganaram sobre o sentido de certas palavras e fatos do Evangelho. Querendo
a todo custo encontrar nele a confirmação de uma ideia preconcebida, giraram
sempre no mesmo círculo, sem abandonar o seu ponto de vista, de modo que
só viam o que queriam ver.

Por muito instruídos que fossem, eles não podiam
compreender causas dependentes de leis que lhes eram desconhecidas.
Mas, quem julgará das interpretações diversas e muitas vezes
contraditórias, fora do campo da teologia?
 O futuro, a lógica e o bom-senso.
Os homens, cada vez mais esclarecidos, à medida que novos fatos e novas leis se
forem revelando, saberão separar da realidade os sistemas utópicos. Ora, as
ciências tornam conhecidas algumas leis; o Espiritismo revela outras; todas são
indispensáveis à inteligência dos Textos Sagrados de todas as religiões, desde
Confúcio e Buda até o Cristianismo.

Quanto à teologia, essa não poderá judiciosamente alegar contradições da Ciência, visto como também ela nem sempre está de acordo consigo mesma.

 O Espiritismo, partindo das próprias palavras do Cristo, como este
partiu das de Moisés, é consequência direta da sua doutrina. A ideia vaga da
vida futura, acrescenta a revelação da existência do mundo invisível que nos
rodela e povoa o espaço, e com isso precisa a crença, dá-lhe um corpo, uma
consistência, uma realidade à ideia. Define os laços que unem a alma ao corpo
e levanta o véu que ocultava aos homens os mistérios do nascimento e da
morte.
Pelo Espiritismo, o homem sabe donde vem, para onde vai, por que está
na Terra, por que sofre temporariamente e vê por toda parte a justiça de Deus.
Sabe que a alma progride incessantemente, através de uma série de existências
sucessivas, até atingir o grau de perfeição que a aproxima de Deus. Sabe que
todas as almas, tendo um mesmo ponto de origem, são criadas iguais, com
idêntica aptidão para progredir, em virtude do seu livre-arbítrio; que todas são da mesma essência.

Assim, ele previa


A GÊNESE -   ALLAN KARDEC

Assim, ele previa
que os homens teriam necessidade de consolações, o que implica
a insuficiência daquelas que eles achariam na crença que iam fundar. Talvez
nunca o Cristo fosse tão claro, tão explícito, como nestas últimas palavras, às
quais poucas pessoas deram atenção bastante, provavelmente porque evitaram
esclarecê-las e aprofundar-lhes o sentido profético.
Se o Cristo não pôde desenvolver o seu ensino de maneira
completa, é que faltavam aos homens conhecimentos que eles só podiam
adquirir com o tempo e sem os quais não o compreenderiam; há muitas coisas
que teriam parecido absurdas no estado dos conhecimentos de então.
Completar o seu ensino deve entender-se no sentido de explicar e desenvolver,
não no de ajuntar-lhe verdades novas, porque tudo nele se encontra em estado
de gérmen, faltando-lhe só a chave para se apreender o sentido das palavras.

Mas, quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas?
Quem tem esse direito? Quem possui as necessárias luzes, senão os teólogos?
Quem o ousa? Primeiro, a Ciência, que a ninguém pede permissão para dar a
conhecer as leis da Natureza e que salta sobre os erros e os preconceitos.
Quem tem esse direito?

Neste século de emancipação intelectual e de liberdade
de consciência, o direito de exame pertence a todos e as Escrituras não são
mais a arca santa na qual ninguém se atreveria a tocar com a ponta do dedo,
sem correr o risco de ser fulminado.
Quanto às luzes especiais, necessárias,
sem contestar as dos teólogos, por mais esclarecidos que fossem os da Idade
Média, e, em particular, os Pais da Igreja, eles, contudo, não o eram bastante
para não condenarem como heresia o movimento da Terra e a crença nos
antípodas.
 Mesmo sem ir tão longe, os teólogos dos nossos dias não lançaram
anátema à teoria dos períodos de formação da Terra?
Os homens só puderam explicar as Escrituras com o auxílio do que
sabiam, das noções falsas ou incompletas que tinham sobre as leis da
Natureza, mais tarde

segunda-feira, 18 de março de 2013

Toda a doutrina do Cristo se funda no caráter que ele atribui à Divindade.


Já não é o Deus de um único   povo privilegiado, O Deus dos exércitos, presidindo aos combates para
sustentar a sua própria causa contra o Deus dos outros povos; mas, o Pai
comum do gênero humano, que estende a sua proteção por sobre todos os
seus filhos e os chama todos a si; já não é o Deus que recompensa e pune só
pelos bens da Terra, que faz consistir a glória e a felicidade na escravidão dos
povos rivais e na multiplicidade da progenitura, mas, sim, um Deus que diz aos
homens:
 «A vossa verdadeira pátria não é neste mundo, mas no reino celestial,
lá onde os humildes de coração serão elevados e os orgulhosos serão
humilhados.»
Já não é o Deus que faz da vingança uma virtude e ordena se
retribua olho por olho, dente por dente; mas, o Deus de misericórdia, que diz:
«Perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem em troca do mal;
não façais o que não quereis vos façam.»
 Já não é o Deus mesquinho e
meticuloso, que impõe, sob as mais rigorosas penas, o modo como quer ser
adorado, que se ofende pela inobservância de uma fórmula; mas, o Deus
grande, que vê o pensamento e que se não honra com a forma. Enfim, já não é
o Deus que quer ser temido, mas o Deus que quer ser amado.

Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de
todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme à ideia que elas das
de Deus. As religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrá-lo
com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial
e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no
mais ou menos contaminado das fraquezas e ninharias humanas.
     
 Toda a doutrina do Cristo se funda no caráter que ele atribui à
Divindade. Com um Deus imparcial, soberanamente justo, bom e
misericordioso, ele fez do amor de Deus e da caridade para com o próximo a
condição indeclinável da salvação, dizendo:



domingo, 17 de março de 2013

Um Deus Justo e bom cheio de misericórdia


 Moisés, como profeta, revelou aos homens a existência de um Deus
único, Soberano Senhor e Orientador de todas as coisas; promulgou a lei do
Sinai e lançou as bases da verdadeira fé. Como homem, foi o legislador do povo
pelo qual essa primitiva fé, purificando-se, havia de espalhar-se por sobre a
Terra.
O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando
o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana,
acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a
das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte.

 A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte
primária, de pedra angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista
inteiramente novo sob que considera ele a Divindade.
 Esta já não é o Deus
terrível, ciumento, vingativo, de Moisés; o Deus cruel e implacável, que rega a
terra com o sangue humano, que ordena o massacre e o extermínio dos povos,
sem excetuar as mulheres, as crianças e os velhos, e que castiga aqueles que
poupam as vítimas; já não é o Deus injusto, que pune um povo inteiro pela falta
do seu chefe, que se vinga do culpado na pessoa do inocente, que fere os filhos
pelas faltas dos pais; mas, um Deus clemente, soberanamente justo e bom,
cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a
cada um segundo as suas obras.


quinta-feira, 7 de março de 2013

Amai a Deus sobre todas as coisas


Amai a Deus sobre todas as coisas
e o vosso próximo como a vós mesmos; nisto estão toda a lei e os profetas; nãoexiste  outra lei. Sobre esta crença, assentou o princípio da igualdade dos homens perante Deus e o da fraternidade universal. Mas, fora possível amar o Deus de
Moisés? Não; só se podia temê-lo.
A revelação dos verdadeiros atributos da Divindade, de par com a da
imortalidade da alma e da vida futura, modificava profundamente as relações
mútuas dos homens, impunha-lhes novas obrigações, fazia-os encarar a vida
presente sob outro aspecto e tinha, por isso mesmo, de reagir contra os
costumes e as relações sociais. É esse incontestavelmente, por suas
consequências, o ponto capital da revelação do Cristo, cuja importância não foi
compreendida suficientemente e, contrista dizê-lo, é também o ponto de que
mais a Humanidade se tem afastado, que mais há desconhecido na
interpretação dos seus ensinos.
26. - Entretanto, o Cristo acrescenta: «Muitas das coisas que vos digo
ainda não as compreendeis e muitas outras teria a dizer, que não
compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém,
enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as
coisas e vo-las explicará todas.» (S. João, caps. XIV, XVI; S. Mat., cap. XVII.)
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente
deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de
compreendê-las. Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois
anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que suas palavras
não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino;
em suma, que desfariam o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser  
restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito.

terça-feira, 5 de março de 2013

Apocalipse 15:3


Satanás vê sua rebelião voluntaria o desqualificar para o Céu.        Durante todo o tempo, esteve aprimorando suas habilidades para lutar  contra Deus.                                                                         Para ele, a pureza a harmonia do Céu seria uma tortura infinita. Ele se curva e reconhece a justiça que recebeu. Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito foram finalmente esclarecidas.  Os resultados da rejeição aos mandamentos de Deus foram revelados diante de todo universo.   A historia do pecado permanecerá por toda eternidade como testemunha de que a felicidade de todos os seres criados depende da existência da lei de Deus.  O universo inteiro, tanto fiéis quanto rebeldes, de comum acordo declara:                                  "Justos e verdadeiros são os Teus caminhos, Ó Rei das nações" ( Apocalipse15:3 )