domingo, 28 de abril de 2013

Um pouco da historia do Espiritismo a primeira ideia que surgiu.


A primeira ideia que surgiu foi a de que aquilo podia ser um reflexo da inteligência do médium ou dos assistentes, mas bem depressa a experiência demonstrou a sua impossibilidade, porque
se obtinham coisas completamente estranhas ao pensamento e ao conhecimento das
pessoas presentes e mesmo em contradição com suas ideias, sua vontade e seu desejo; a
inteligência, pois, não podia pertencer senão a um ser invisível.

 O meio de se assegurar
do fato era muito simples: tratava-se de entrar em conversação com esse ser, o que foi
feito por meio de certo número convencional de pancadas significando sim ou não, ou
designando as letras do alfabeto. Obtiveram-se deste modo resposta às diversas
questões formuladas e esse fenômeno foi designado sob o nome de mesas falantes.
Todos os seres que se comunicaram dessa maneira, quando interrogados sobre a
sua natureza, declaravam ser Espíritos e pertencer ao mundo invisível. Como os
Hmesmos efeitos se reproduzissem em grande número de localidades, por intermédio de
pessoas diversas, e, além disso, observados por homens muito sérios e muito
esclarecidos, não era possível que todos eles fossem vítimas de uma ilusão.

Da América o fenômeno passa para a França e para o resto da Europa, onde,
durante alguns anos, as mesas girantes e falantes estiveram em moda e se tornaram o
divertimento dos salões; depois, quando se fartaram deles, deixaram-no de lado, em
busca de outra distração.
O fenômeno não demorou a apresentar-se sob um novo aspecto, fazendo-o sair
do domínio da simples curiosidade. Os limites deste compêndio não nos permitem
acompanhá-lo em todas as suas fases, de modo que abordaremos, sem transição, o que
ele oferece de mais característico, o que principalmente prendeu a atenção das pessoas
sérias.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

O fenômeno não demorou a apresentar-se


O fenômeno não demorou a apresentar-se sob um novo aspecto, fazendo-o sair
do domínio da simples curiosidade. Os limites deste compêndio não nos permitem
acompanhá-lo em todas as suas fases, de modo que abordaremos, sem transição, o que
ele oferece de mais característico, o que principalmente prendeu a atenção das pessoas
sérias.
Para começar, digamos, de passagem, que a realidade do fenômeno encontrou
numerosos contraditores. Uns, sem levarem em conta o desinteresse e a honradez dos
experimentadores, não viram naquilo mais que uma trapaça, um hábil golpe de
mágica. Os que nada admitem fora da matéria, que só acreditam no mundo visível, que
pensam que tudo morre com o corpo, os materialistas, numa palavra os que se qualifi­
cam de espíritos fortes, lançaram a existência dos Espíritos invisíveis na categoria das
fábulas absurdas; tacharam de loucos os que tomavam a coisa a sério e os carregaram
de sarcasmos e zombarias.

Outros, não podendo negar os fatos, e sob o império de uma determinada ordem
de ideias, atribuíram os fenômenos à influência exclusiva do diabo, buscando, por esse
meio, amedrontar os tímidos. Hoje o medo do diabo perdeu singularmente o seu
prestígio; tanto se falou dele, pintaram-no de tantas maneiras, que todo mundo se
familiarizou com essa ideia e muitos julgaram que deviam aproveitar a ocasião para
verificarem o que o diabo era realmente.
 Daí resultou que, salvo um reduzido número
de mulheres timoratas, a notícia da chegada do verdadeiro diabo tinha algo de atraente
para os que só o tinham visto em pintura ou no teatro; para muita gente tal notícia foi
um forte estimulante, de sorte que aqueles que tentaram, por esse meio, opor barreira
às ideias novas, trabalharam contra o seu objetivo e, sem o quererem, se tornaram os
seus agentes propagandistas, e tanto mais eficazes quanto mais fortes gritaram.
Os outros críticos não lograram maior sucesso, porquanto, aos fatos constatados,
aos raciocínios categóricos, não puderam opor senão denegações Lede o que
publicaram e em toda parte encontrareis a prova da ignorância e da falta de observação
séria dos fatos, e em parte alguma uma demonstração peremptória de sua
impossibilidade. Toda a argumentação de que se serviram resume-se nisto: "Não creio;

sábado, 20 de abril de 2013

O dom da Palavra


Dentre os dons que a natureza concedeu ao homem,  o de falar, é uma verdadeira dádiva dos céus!   Quando o ser humano perceber o real valor da palavra, há de ter mais cuidado com o que diz.   “A mente concebe, assimila e projeta; a palavra exalta, comanda e executa.”                      As palavras amáveis, de amor, carinho, bondade, ternura,contentamento,expandem e estimulam as células do nosso corpo; e a vitalidade cósmica jorra em nós com pujança e liberdade; trazendo nos saúde, vigor, energia; cercando nossa vida de sucesso, alegria e coisas agradáveis.
No entanto, as palavras ásperas, de critica, ódio, calúnia, maldade, conversações obscenas, contraem as células e glândulas sensíveis; restringem e prejudicam as funções normais do organismo; afetam o desenvolvimento espiritual, criando um destino de enfermidades, fracassos, frustrações e coisas desagradáveis....
Não foi sem razão que os profetas e os mestres deixaram advertências  como estas:                                        “Seja, porem, a tua palavra: sim, sim, não, não.”

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cristo acrescenta: «Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis


e muitas outras teria a dizer, que não
compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém,
enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as
coisas e vo-las explicará todas.» (S. João, caps. XIV, XVI; S. Mat., cap. XVII.)
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente
deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. 
Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino; em suma, que desfariam o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito.

 Por que chama ele Consolador ao novo messias?
 Este nome, significativo e sem ambiguidade, encerra toda uma revelação. Assim, ele previa
que os homens teriam necessidade de consolações, o que implica
a insuficiência daquelas que eles achariam na crença que iam fundar.

Talvez nunca o Cristo fosse tão claro, tão explícito, como nestas últimas palavras, às quais poucas pessoas deram atenção bastante, provavelmente porque evitaram esclarecê-las e aprofundar-lhes o sentido profético.

domingo, 14 de abril de 2013

Perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados


Já não é o Deus de um único povo privilegiado, O Deus dos exércitos, presidindo aos combates para sustentar a sua própria causa contra o Deus dos outros povos; mas, o Pai comum do gênero humano, que estende a sua proteção por sobre todos os seus filhos e os chama todos a si; já não é o Deus que recompensa e pune só pelos bens da Terra, que faz consistir a glória e a felicidade na escravidão dos povos rivais e na multiplicidade da progenitura, mas, sim, um Deus que diz aos homens: «A vossa verdadeira pátria não é neste mundo, mas no reino celestial, lá onde os humildes de coração serão elevados e os orgulhosos serão humilhados.» Já não é o Deus que faz da vingança uma virtude e ordena se retribua olho por olho, dente por dente; mas, o Deus de misericórdia, que diz:

«Perdoai as ofensas, se quereis ser perdoados; fazei o bem em troca do mal;
não façais o que não quereis vos façam.» Já não é o Deus mesquinho e
meticuloso, que impõe, sob as mais rigorosas penas, o modo como quer ser
adorado, que se ofende pela inobservância de uma fórmula; mas, o Deus
grande, que vê o pensamento e que se não honra com a forma. Enfim, já não é
o Deus que quer ser temido, mas o Deus que quer ser amado.

Sendo Deus o eixo de todas as crenças religiosas e o objetivo de
todos os cultos, o caráter de todas as religiões é conforme à ideia que elas das
de Deus. As religiões que fazem de Deus um ser vingativo e cruel julgam honrálo com atos de crueldade, com fogueiras e torturas; as que têm um Deus parcial e cioso são intolerantes e mais ou menos meticulosas na forma, por crerem-no mais ou menos contaminado das fraquezas e ninharias humanas.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

A revelação dos verdadeiros atributos da Divindade


 Toda a doutrina do Cristo se funda no caráter que ele atribui à
Divindade. Com um Deus imparcial, soberanamente justo, bom e
misericordioso, ele fez do amor de Deus e da caridade para com o próximo a
condição indeclinável da salvação, dizendo: Amai a Deus sobre todas as coisas
e o vosso próximo como a vós mesmos; nisto estão toda a lei e os profetas; não existe outra lei.
 Sobre esta crença, assentou o princípio da igualdade dos homem perante Deus e o da fraternidade universal. Mas, fora possível amar o Deus de Moisés? Não; só se podia temê-lo.

A revelação dos verdadeiros atributos da Divindade, de par com a da
imortalidade da alma e da vida futura, modificava profundamente as relações
mútuas dos homens, impunha-lhes novas obrigações, fazia-os encarar a vida
presente sob outro aspecto e tinha, por isso mesmo, de reagir contra os
costumes e as relações sociais. 
 É esse incontestavelmente, por suas
consequências, o ponto capital da revelação do Cristo, cuja importância não foi
compreendida suficientemente e, contrista dizê-lo, é também o ponto de que
mais a Humanidade se tem afastado, que mais há desconhecido na
interpretação dos seus ensinos.


domingo, 7 de abril de 2013

ALLAN KARDEC Revelação do Cristo


 O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno e divino e rejeitando
o que era transitório, puramente disciplinar e de concepção humana,
acrescentou a revelação da vida futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que aguardam o homem, depois da morte. (Vede:
Revue Spirite, 1861, páginas 90 e 280.)

 A parte mais importante da revelação do Cristo, no sentido de fonte
primária, de pedra angular de toda a sua doutrina é o ponto de vista
inteiramente novo sob que considera ele a Divindade. Esta já não é o Deus
terrível, ciumento, vingativo, de Moisés; o Deus cruel e implacável, que rega a
terra com o sangue humano, que ordena o massacre e o extermínio dos povos,
sem excetuar as mulheres, as crianças e os velhos, e que castiga aqueles que
poupam as vítimas; já não é o Deus injusto, que pune um povo inteiro pela falta
do seu chefe, que se vinga do culpado na pessoa do inocente, que fere os filhos pelas faltas dos pais; mas, um Deus clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível


- Importante revelação se opera na época atual e mostra a
possibilidade de nos comunicarmos com os seres do mundo espiritual. Não é
novo, sem dúvida, esse conhecimento; mas ficara até aos nossos dias, de certo
modo, como letra morta, isto é, sem proveito para a Humanidade A ignorância
das leis que regem essas relações o abafara sob a superstição; o homem era
incapaz de tirar daí qualquer dedução salutar; estava reservado à nossa época
desembaraçá-lo dos acessórios ridículos, compreender-lhe o alcance e fazer
surgir a luz destinada a clarear o caminho do futuro.

O Espiritismo, dando-nos a conhecer o mundo invisível que nos
cerca e no meio do qual vivíamos sem o suspeitarmos, assim como as leis que
o regem, suas relações com o mundo visível, a natureza e o estado dos seres
que o habitam e, por conseguinte, o destino do homem depois da morte, é uma
verdadeira revelação, na acepção científica da palavra.

Por sua natureza, a revelação espírita tem duplo caráter: participa
ao mesmo tempo da revelação divina e da revelação científica. Participa da
primeira, porque foi providencial o seu aparecimento e não o resultado da
iniciativa, nem de um desígnio premeditado do homem; porque os pontos
fundamentais da doutrina provêm do ensino que deram os Espíritos
encarregados por Deus de esclarecer os homens acerca de coisas que eles
ignoravam, que não podiam aprender por si mesmos e que lhes importa
conhecer, hoje que estão aptos a compreendê-las.
 Participa da segunda, por

não ser esse ensino privilégio de indivíduo algum, mas ministrado a todos do
mesmo modo; por não serem os que o transmitem e os que o recebem seres
passivos, dispensados do trabalho da observação e da pesquisa, por não
renunciarem ao raciocínio e ao livre-arbítrio; porque não lhes é interdito o
exame, mas, ao contrário, recomendado; enfim, porque a doutrina não foi ditada completa, nem imposta à crença cega; porque é deduzida, pelo trabalho do homem, da observação dos fatos.





quarta-feira, 3 de abril de 2013

Tibetano dos mortos Recordar


Agora vais experimentar três Bardos.
Três estados de perda do eu.
Primeiro aparece a clara luz da realidade.
Vêm em fogo os jogos de alucinações fantasticamente variados.
Mais adiante encontrarás o estado de reentrada.
De voltar a ter um eu.
Oh, amigo.
Pode ser que tua experiência seja de transcendência do eu, a saída
de teu antigo eu.
Mas tu não és o único.
A todos chega alguma vez.
És afortunado ao ter gratuitamente esta experiência de
renascimento que se te oferece.
Não te apegues com essa debilidade a teu velho Eu.
Inclusive se te apegas a tua mente, já perdeste o poder de
a manter.
Pela luta não poderás conseguir nada neste mundo alucinatório.
Não te apegues.
Não sejas débil.
Qualquer que seja o medo ou terror que te embargue
Não olvides estas palavras.
Introduz o seu significado no teu coração.
Segue em frente.
Aqui mesmo está o segredo vital do conhecimento.

Recorda, oh amigo:
Quando o corpo e a mente se separam, experimentas uma rápida
visão da verdade pura, subtil, radiante, brilhante.
Vibrante, gloriosa.
Não temas.
Esta é a radiação de tua verdadeira natureza.
Reconhece-o.
Da névoa desta radiação vem o som natural da
realidade.
Reverberando como mil tronos em simultâneo.
Este é o som natural do processo de tua vida.
Portanto não te assustes.
Não te aterrorizes.
Não tenhas medo.
Para ti é suficiente saber que estas aparições são
as formas de teu próprio pensamento.
Se não reconheces tuas próprias formas de pensamento.
Se olvidas tua preparação.
As luzes te deslumbrarão.
Os sons te atemorizarão.
Os raios te aterrorizarão
As pessoas ao teu redor te confundirão
Recorda a chave dos ensinamentos
Oh, amigo.
Estes reinos não vêm de algum lugar exterior a teu ego.
Vêm de teu interior e brilham sobre ti.
Tampouco as revelações vêm de nenhum outro lugar.
Existem desde a eternidade dentro das faculdades de teu próprio
intelecto.
Reconhece que são desta natureza.
A chave da iluminação e da serenidade durante
o período de dez mil visões é simplesmente esse:
Descanso, relaxamento.
Une-te a ele.
Aceita encarecidamente as maravilhas de tua criatividade.
Não te apegues nem estejas assustado.
Nem atraído nem repelido.
Sobre tudo, não faças nada sobre as visões.
Existem somente dentro de ti.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Evoluindo




 1 - Quantas e quantas vidas
Ainda terei que viver
Quantas formas diferentes de corpos
Eu ainda habitarei
 Nesta minha longa caminhada
Para o convívio com o pai

Sou uma eterna força
A procura do caminho de casa
Perdido em um mundo
Um mundo de corpos
Corpos que se deformam 
Com o passar do tempo
Escravizados por mentes
Que me ferem em pensamentos

Com o tempo sofro todas as formas de agressão
Não envelheço, não enfraqueço
Mais meu corpo se acaba dia a dia
Ontem eu nasci
Meu corpo pequeno
Minha cabeça vazia
Mais com o passar do tempo
Em uma constante mutação
Vou sofrendo dia a dia
Pequenas transformações

segue