quarta-feira, 17 de abril de 2013

Cristo acrescenta: «Muitas das coisas que vos digo ainda não as compreendeis


e muitas outras teria a dizer, que não
compreenderíeis; por isso é que vos falo por parábolas; mais tarde, porém,
enviar-vos-ei o Consolador, o Espírito de Verdade, que restabelecerá todas as
coisas e vo-las explicará todas.» (S. João, caps. XIV, XVI; S. Mat., cap. XVII.)
Se o Cristo não disse tudo quanto poderia dizer, é que julgou conveniente
deixar certas verdades na sombra, até que os homens chegassem ao estado de compreendê-las. 
Como ele próprio o confessou, seu ensino era incompleto, pois anunciava a vinda daquele que o completaria; previra, pois, que suas palavras não seriam bem interpretadas, e que os homens se desviariam do seu ensino; em suma, que desfariam o que ele fez, uma vez que todas as coisas hão de ser restabelecidas: ora, só se restabelece aquilo que foi desfeito.

 Por que chama ele Consolador ao novo messias?
 Este nome, significativo e sem ambiguidade, encerra toda uma revelação. Assim, ele previa
que os homens teriam necessidade de consolações, o que implica
a insuficiência daquelas que eles achariam na crença que iam fundar.

Talvez nunca o Cristo fosse tão claro, tão explícito, como nestas últimas palavras, às quais poucas pessoas deram atenção bastante, provavelmente porque evitaram esclarecê-las e aprofundar-lhes o sentido profético.

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