Pode, pois, haver revelações sérias e
verdadeiras como as há apócrifas e
mentirosas. O caráter essencial da
revelação divina é o da eterna verdade. Toda revelação eivada de erros ou
sujeita a modificação não pode emanar de Deus.
É assim que a lei do Decálogo tem
todos os caracteres de sua origem, enquanto que as outras leis mosaicas, fundamentalmente
transitórias, muitas vezes em contradição com a lei do Sinai, são obra pessoal
e política do legislador hebreu.
Com o abrandarem-se os costumes do
povo, essas leis por si mesmas caíram
em desuso, ao passo que o Decálogo
ficou sempre de pé, como farol da
Humanidade.
O Cristo fez dele a base do seu edifício,
abolindo as outras leis.
Se estas fossem obra de Deus, seriam
conservadas intactas. O Cristo e Moisés
foram os dois grandes reveladores que
mudaram a face ao mundo e nisso está
a prova da sua missão divina. Uma obra
puramente humana careceria de tal
poder.
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