sábado, 25 de maio de 2013

Há no homem três coisas essenciais

Há no homem três coisas essenciais

Geralmente se faz dos Espíritos uma ideia completamente falsa. Eles não são,
como muitos imaginam, seres abstratos, vagos e indefinidos, nem alguma coisa
semelhante a um clarão, a uma centelha. São, ao contrário, seres reais, tendo a sua
individualidade e uma forma determinada. Deles se pode fazer uma ideia
aproximativa pela explicação seguinte:
Há no homem três coisas essenciais:
 lº) a alma ou Espírito, princípio inteligente no
qual residem o pensamento, a vontade e o senso moral;
 2º) o corpo, envoltório material,pesado e grosseiro, que põe o Espírito em relação com o mundo exterior;
 3º) o perispírito, envoltório fluídico, extremamente sutil, servindo de laço e intermediário
entre o Espírito e o corpo. O invólucro exterior está gasto e já não pode funcionar,
tomba e o Espírito se desprende dele, como o fruto e a árvore se despojam de suas
cascas; numa palavra, como deixamos uma velha roupa imprestável. É o que se chama
a morte.
A morte, portanto, não passa da destruição do invólucro grosseiro do Espírito. Só
o corpo morre, o Espírito não. Durante a vida o Espírito se acha, de certo modo,
comprimido pelos laços da matéria a que está unido e que muitas vezes lhe paralisa as
faculdades. A morte do corpo o liberta desses laços. O Espírito se desprende deles e
recobra a liberdade, como a borboleta ao sair da crisálida; mas só deixa o corpo
material, conservando o perispírito, que constitui para ele uma espécie de corpo etéreo,
vaporoso, imponderável para nós e de forma humana, que parece ser a forma padrão.

Em seu estado normal, o perispírito é invisível, mas o Espírito pode fazê-lo sofrercertas modificações que o tornem momentaneamente acessível à vista e mesmo ao tato
do homem, como sucede com o vapor condensado. É assim que algumas vezes se nos
podem mostrar nas aparições. É por meio do perispírito que o Espírito atua sobre a
matéria inerte e produz os diversos fenômenos de ruído, de movimentos, de escrita,

etc.

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