Potência Divina na obra dos mundos
Pode, pois,
dizer-se que o bem
é tudo
o que é conforme à lei de Deus e o mal tudo o que é
contrário a essa mesma lei. Para concorrerem, como agentes
da potência divina, na obra dos mundos materiais, os
Espíritos se revestem,
temporariamente, de um corpo
material. Pelo trabalho necessário
à sua existência
corporal, eles aperfeiçoam
a inteligência e adquirem, pela observância da lei de Deus,
os méritos que os devem conduzir à felicidade eterna.
A
encarnação não foi imposta ao Espírito, no princípio, como punição. Ela é
necessária ao seu desenvolvimento e à execução das obras de Deus, e todos devem
sofrê-la,
quer tomem o caminho do bem ou o do mal. Simplesmente os que seguem o do bem
avançam mais depressa, gastam menos tempo para chegar ao fim e o alcançam em
condições menos penosas.
Os Espíritos encarnados
constituem a Humanidade, que não se circunscreve à Terra, mas que povoa todos
os mundos disseminados no espaço.
A alma
do homem é
um Espírito encarnado.
Para secundá-lo no desempenho de sua tarefa, Deus lhe deu,
como auxiliares, os animais que
lhe estão
submetidos
e cuja inteligência e caráter são compatíveis com as suas necessidades.
O aperfeiçoamento do
Espírito é fruto
do seu próprio
trabalho. Não podendo, numa só
existência corporal, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais
que o hão de conduzir ao objetivo, ele o
alcança por uma sucessão de existências, em cada uma das quais dá alguns passos
para frente, no caminho do progresso.
Em cada existência
corporal, o Espírito
deve desempenhar uma tarefa proporcionada ao seu
desenvolvimento; quanto mais rude e
laboriosa, tanto maior o
mérito
em realizá-la. Assim, cada existência é uma prova, que o aproxima
do fim. O número dessas existências é indeterminado. Depende da vontade do
Espírito que esse número seja reduzido, trabalhando ativamente pelo seu
progresso moral, assim como depende da vontade do operário, obrigado a realizar
certo trabalho, reduzir o número de dias que empregue em executá-lo.
Quando uma
existência foi mal-empregada, fica
sem proveito para o Espírito, que tem de recomeçá-la em
condições mais ou menos penosas, em razão de
sua
negligência e má vontade. É assim que, na vida, podemos ser constrangidos a
fazer no dia seguinte o que não fizemos na véspera.
A vida espiritual é a vida
normal do Espírito: é eterna. A vida corporal é transitória e passageira: não
passa de um instante na eternidade.
No intervalo
de suas existências
corporais, o Espírito
é errante. A erraticidade não tem duração
determinada. Nesse estado, o Espírito é
feliz ou des
graça do,
conforme o bom ou mau uso que fez da sua última existência; estuda as causas que apressaram ou retardaram
o seu adiantamento; toma as resoluções
que procurará pôr em prática na sua próxima encarnação e
escolhe as provas
que lhe pareçam mais apropriadas
ao seu adiantamento. Entretanto, algumas vezes se engana, ou sucumbe, não
levando em conta as resoluções que tomou como E.
Jorge Soares
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