domingo, 25 de agosto de 2013

Potência Divina na obra dos mundos

Potência Divina na obra dos mundos

 Pode,  pois,  dizer-se  que  o  bem é  tudo  o  que  é conforme à lei de Deus e o mal tudo o que é contrário a essa mesma lei. Para concorrerem, como agentes  da potência  divina,  na obra dos mundos materiais,  os  Espíritos  se  revestem,  temporariamente,  de  um corpo  material.  Pelo trabalho  necessário  à  sua  existência  corporal,  eles  aperfeiçoam  a  inteligência  e adquirem, pela observância da lei de Deus, os méritos que os devem conduzir à felicidade eterna.

A encarnação não foi imposta ao Espírito, no princípio, como punição. Ela é necessária ao seu desenvolvimento e à execução das obras de Deus,  e todos devem
sofrê-la, quer tomem o caminho do bem ou o do mal. Simplesmente os que seguem o do bem avançam mais depressa, gastam menos tempo para chegar ao fim e o alcançam em condições menos penosas.

 Os Espíritos encarnados constituem a Humanidade, que não se circunscreve à Terra, mas que povoa todos os mundos disseminados no espaço.
A  alma  do  homem  é  um  Espírito  encarnado.  Para  secundá-lo  no desempenho de sua tarefa,  Deus lhe deu,  como auxiliares,  os animais que lhe estão
submetidos e cuja inteligência e caráter são compatíveis com as suas necessidades.

 O aperfeiçoamento  do  Espírito  é  fruto  do  seu  próprio  trabalho.  Não podendo, numa só existência corporal, adquirir todas as qualidades morais e intelectuais
 que o hão de conduzir ao objetivo, ele o alcança por uma sucessão de existências, em cada uma das quais dá alguns passos para frente, no caminho do progresso.

 Em cada  existência  corporal,  o  Espírito  deve  desempenhar  uma tarefa proporcionada ao seu desenvolvimento;  quanto mais rude e laboriosa, tanto maior o
mérito em realizá-la.  Assim,  cada existência é uma prova, que o aproxima do fim. O número dessas existências é indeterminado. Depende da vontade do Espírito que esse número seja reduzido, trabalhando ativamente pelo seu progresso moral, assim como depende da vontade do operário, obrigado a realizar certo trabalho, reduzir o número de dias que empregue em executá-lo.

 Quando  uma  existência  foi  mal-empregada,  fica  sem proveito  para  o Espírito, que tem de recomeçá-la em condições mais ou menos penosas, em razão de
sua negligência e má vontade. É assim que, na vida, podemos ser constrangidos a fazer no dia seguinte o que não fizemos na véspera.
 A vida espiritual é a vida normal do Espírito: é eterna. A vida corporal é transitória e passageira: não passa de um instante na eternidade.

 No  intervalo  de  suas  existências  corporais,  o  Espírito  é  errante.  A erraticidade não tem duração determinada.  Nesse estado, o Espírito é feliz  ou des­
graça do,  conforme o bom ou mau uso que fez da sua última existência;  estuda as causas que apressaram ou retardaram o seu adiantamento;  toma as resoluções que procurará  pôr  em prática na sua próxima encarnação e escolhe  as  provas  que  lhe pareçam mais apropriadas ao seu adiantamento. Entretanto, algumas vezes se engana, ou sucumbe, não levando em conta as resoluções que tomou como E.
Jorge Soares


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