Em virtude do seu livre-arbítrio; que
todas são da
mesma essência e que não há entre elas diferença, senão
quanto ao progresso realizado; que
todas têm o mesmo destino e alcançarão
a mesma meta, mais ou menos
rapidamente, pelo trabalho e
boa-vontade.
Sabe que não há criaturas deserdadas,
nem mais favorecidas umas do
que outras; que Deus a nenhuma criou
privilegiada e dispensada do trabalho
imposto às outras para progredirem;
que não há seres perpetuamente votados
ao mal e ao sofrimento; que os que se
designam pelo nome de demônios são
Espíritos ainda atrasados e
imperfeitos, que praticam o mal no espaço, como o
praticavam na Terra, mas que se
adiantarão e aperfeiçoarão; que os anjos ou
Espíritos puros não são seres à parte
na criação, mas Espíritos que chegaram à meta, depois de terem percorrido a
estrada do progresso; que, por essa forma,não há criações múltiplas, nem
diferentes categorias entre os seres inteligentes,mas que toda a criação deriva
da grande lei de unidade que rege o Universo e que todos os seres gravitam para
um fim comum que é a perfeição, sem que uns sejam favorecidos à custa de
outros, visto serem todos filhos das suas próprias obras.
Pelas relações que hoje pode
estabelecer com aqueles que
deixaram a Terra, possui o homem não
só a prova material da existência e da
individualidade da alma, como também
compreende a solidariedade que liga os
vivos aos mortos deste mundo e os
deste mundo aos dos outros planetas.
Conhece a situação deles no mundo dos
Espíritos, acompanha-os em suas
migrações, aprecia-lhes as alegrias e
as penas; sabe a razão por que são
felizes ou infelizes e a sorte que
lhes está reservada, conforme o bem ou o mal
que fizerem. Essas relações iniciam o
homem na vida futura, que ele pode
observar em todas as suas fases, em
todas as suas peripécias; o futuro já não é uma vaga esperança: é um fato
positivo, uma certeza matemática.
Desde então,a morte nada mais tem de
aterrador, por lhe ser a libertação, a
porta da verdadeira vida.
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