Pelo estudo da situação dos Espíritos,
o homem sabe que a
felicidade e a desdita, na vida
espiritual, são inerentes ao grau de perfeição e de imperfeição; que cada qual
sofre as consequências diretas e naturais de suas faltas, ou, por outra, que é
punido no que pecou; que essas consequências duram tanto quanto a causa que as
produziu; que, por conseguinte, o culpado sofreria eternamente, se persistisse
no mal, mas que o sofrimento cessa com o arrependimento e a reparação; ora,
como depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do
livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre,
pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.
- Se a razão repele, como incompatível com a
bondade de Deus, a
ideia das penas irremissíveis,
perpétuas e absolutas, muitas vezes infligidas por uma única falta; a dos
suplícios do inferno, que não podem ser minorados nem sequer pelo
arrependimento mais ardente e mais sincero, a mesma razão se inclina diante
dessa justiça distributiva e imparcial, que leva tudo em conta, que nunca fecha
a porta ao arrependimento e estende constantemente a mão ao náufrago, em vez de
o empurrar para o abismo.
A pluralidade das existências, cujo princípio
o Cristo
estabeleceu no
Evangelho, sem todavia defini-lo como
a muitos outros, é uma das mais
importantes leis reveladas pelo
Espiritismo, pois que lhe demonstra a realidade
e a necessidade para o progresso.
Com esta lei, o homem explica todas as
aparentes anomalias da vida humana; as
diferenças de posição social; as
mortes prematuras que, sem a
reencarnação, tornariam inúteis à alma as
existências breves; a desigualdade de
aptidões intelectuais e morais, pela
ancianidade do Espírito que mais ou
menos aprendeu e progrediu, e traz,
nascendo, o que adquiriu em suas
existências anteriores (nº 5).
Com a doutrina da criação da alma no instante
do nascimento, vem se
a cair no sistema das cria gênio
ensina o que descobriu por si mesmo: é o revelador primitivo; traz a luz que
pouco a pouco se vulgariza. que seria da Humanidade sem a revelação dos homens
de gênio, que aparecem de tempos a tempos?
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