Mas, quem são esses homens de gênio?
E, por que são homens de
gênio? Donde vieram? Que é feito
deles? Notemos que na sua maioria
denotam, ao nascer, faculdades
transcendentes e alguns conhecimentos inatos, que com pouco trabalho
desenvolvem.
Pertencem realmente à Humanidade, pois
nascem, vivem e morrem como nós. Onde, porém, adquiriram esses conhecimentos
que não puderam aprender durante a vida?
Dir-se-á, com os materialistas, que o acaso
lhes deu a matéria cerebral em maior quantidade e de melhor qualidade? Neste caso,
não teriam mais mérito que um legume maior e mais saboroso do que outro.
Dir-se-á, como certos espiritualistas,
que Deus lhes deu uma alma mais
favorecida que a do comum dos homens?
Suposição igualmente ilógica, pois
que tacharia Deus de parcial. A única
solução racional do problema está na
preexistência da alma e na pluralidade
das vidas.
O homem de gênio é um Espírito que tem vivido
mais tempo; que, por conseguinte, adquiriu e progrediu
mais do que aqueles que estão menos
adiantados. Encarnando, traz o que sabe e, como sabe muito mais do que os
outros e não precisa aprender, é chamado
homem de gênio. Mas seu saber é fruto
de um trabalho anterior e não resultado de um privilégio. Antes de renascer,
era ele, pois, Espírito adiantado: reencarna para fazer que os outros
aproveitem do que já sabe, ou para adquirir mais do que possui.
Os homens progridem incontestavelmente
por si mesmos e pelos
esforços da sua inteligência; mas,
entregues às próprias forças, só muito
lentamente progrediriam, se não fossem
auxiliados por outros mais adiantados,
como o estudante o é pelos
professores. Todos os povos tiveram homens de
gênio, surgidos em diversas épocas,
para dar-lhes impulso e tirá-los da inércia.
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