terça-feira, 26 de março de 2013

Deus e a imortalidade da alma


Apesar dos erros das suas doutrinas, não deixaram de agitar os espíritos
e, por isso mesmo, de semear os germens do progresso, que mais tarde haviam
de desenvolver-se, ou se desenvolverão à luz brilhante do Cristianismo

É, pois, injusto se lhes lance anátema em nome da ortodoxia, porque dia
virá em que todas essas crenças tão diversas na forma, mas que repousam
realmente sobre um mesmo princípio fundamental - Deus e a imortalidade da
alma, se fundirão numa grande e vasta unidade, logo que a razão triunfe dos
preconceitos.
Infelizmente, as religiões hão sido sempre instrumentos de dominação; o
papel de profeta há tentado as ambições secundárias e tem-se visto surgir uma
multidão de pretensos reveladores ou messias, que, valendo-se do prestigio
deste nome, exploram a credulidade em proveito do seu orgulho, da sua
ganância, ou da sua indolência, achando mais cômodo viver à custa dos
iludidos. A religião cristã não pôde evitar esses parasitas.

A tal propósito, chamamos particularmente a atenção para o capítulo XXI
de O Evangelho segundo o Espiritismo; "Levantar-se-ão falsos Cristos e
falsos profetas".
Haverá revelações diretas de Deus aos homens? É uma questão que
não ousaríamos resolver, nem afirmativamente, nem negativamente, de maneira
absoluta. O fato não é radicalmente impossível, porém, nada nos dá dele prova
certa.
 O que não padece dúvida é que os Espíritos mais próximos de Deus pela
perfeição se imbuem do seu pensamento e podem transmiti-lo.

Quanto aos reveladores encarnados, segundo a ordem hierárquica a que pertencem e o grau a que chegaram de saber, esses podem tirar dos seus próprios conhecimentos as instruções que ministram, ou recebê-las de Espíritos mais elevados, mesmo dos mensageiros diretos de Deus, os quais, falando em nome de Deus, têm sido às vezes tomados pelo próprio Deus.


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