O Cristo, tomando da antiga lei o que é eterno
e divino e rejeitando
o que era transitório, puramente
disciplinar e de concepção humana,
acrescentou a revelação da vida
futura, de que Moisés não falara, assim como a das penas e recompensas que
aguardam o homem, depois da morte. (Vede:
Revue Spirite, 1861, páginas 90 e
280.)
A parte mais importante da revelação do
Cristo, no sentido de fonte
primária, de pedra angular de toda a
sua doutrina é o ponto de vista
inteiramente novo sob que considera
ele a Divindade. Esta já não é o Deus
terrível, ciumento, vingativo, de
Moisés; o Deus cruel e implacável, que rega a
terra com o sangue humano, que ordena
o massacre e o extermínio dos povos,
sem excetuar as mulheres, as crianças
e os velhos, e que castiga aqueles que
poupam as vítimas; já não é o Deus
injusto, que pune um povo inteiro pela falta
do seu chefe, que se vinga do culpado
na pessoa do inocente, que fere os filhos pelas faltas dos pais; mas, um Deus
clemente, soberanamente justo e bom, cheio de mansidão e misericórdia, que
perdoa ao pecador arrependido e dá a cada um segundo as suas obras.
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